O Benfica entrou a ganhar na Liga, vencendo no terreno do Moreirense (2-1) um jogo que parecia simples, mas acabou por ter mais dores de cabeça do que o esperado. Com dois golos em dez minutos, aos vinte o Benfica já vencia confortavelmente. Permitiu que o Moreirense reduzisse e acabou a jogar mais de meia hora em inferioridade numérica.

Triunfo justo para as águias, o Moreirense foi pouco acutilante no cômputo geral, mas para lá de algumas boas indicações, os encarnados tiveram momentos de pouca salubridade em campo. No meio de uma eliminatória europeia, assumida por Jorge Jesus como mais importante, o técnico apresentou-se em Moreira de Cónegos com uma revolução no onze comparativamente com a equipa que jogou em Moscovo. Seis alterações, destacando-se a estreia de Meité no meio campo.

Apesar da organização do Moreirense no início do encontro, a juntar à falta de capacidade encarnada para penetrar na defensiva contrária, as ameaças de um jogo complicado para os encarnados rapidamente foram amolecidas.  Aos dezanove minutos o Benfica já vencia por duas bolas a zero, apontando dois golos no espaço de dez minutos. Primeiro foi Veríssimo, de cabeça, a marcar num pontapé de canto às três tabelas, depois foi Waldschmidt a aproveitar um corte incompleto da defesa da equipa da casa.

Rafael Martins contra o facilitismo

Parecia demasiado fácil a tarefa do Benfica, vindo ao de cima Rafael Martins a tentar acordar um Moreirense ensonado que demonstrava poucos argumentos e falta de conexão entre setores, apesar de subir ao terreno de jogo apenas com um reforço no onze.

À meia hora de jogo, com um pormenor de classe, Rafael Martins reduziu o marcador. Na cara de Vlachodimos, o atacante brasileiro driblou o guarda-redes e atirou para a baliza deserta. Bom pormenor a dar seguimento a uma boa jogada individual de realce de Yan.

Abanão no Benfica, que se preparava para um duelo tranquilo. Ainda assim, reagiu bem o conjunto de Jesus, acabando a primeira metade completamente instalado no meio campo adversário, em busca de nova vantagem de dois golos.

Expulsão e gestão

No arranque da segunda metade, preparava-se para voltar a carregar o Benfica, mas sofreu um duro golpe nas suas aspirações. Diogo Gonçalves foi expulso após uma entrada sobre Abdu Conté, com o VAR a alertar o árbitro Vítor Ferreira.

Reorganizou as tropas Jorge Jesus, Gilberto e Weigl foram as opções. O jogo nunca esteve descontrolado, é certo, mas em superioridade numérica e em desvantagem no marcador, o Moreirense lá se lançou para o ataque nos derradeiros instantes do jogo.

Bolas paradas com frisson, alguns momentos de maior sufoco. Aguentou-se a equipa encarnada, o Moreirense não teve armas para fazer mais apesar da insistência final. Emoções controladas no Benfica, que ainda ameaçou o terceiro em contragolpe. Os encarnados viram novamente agulhas para a Champions, após entrar a vencer na Liga.