O Estoril é desta Liga, e merece. A equipa canarinha garantiu esta segunda-feira a manutenção num jogo em que, tal como durante toda a temporada, sofreu. Viu-se a perder em casa com o Desp. Chaves, mas deu a volta ao marcador nos últimos 20 minutos, vencendo e acabando de vez com a questão da manutenção.

Já o Desp. Chaves, que esteve perto dos 40 pontos, falhou o objetivo. Há futebol para fazer frente aos adversários, mas há problemas... no banco. Ricardo Soares já tem os dias contados, nota-se o mal-estar com a direção e já é quase certo que o homem que se segue no comando técnico flaviense é Luís Castro.

FICHA DE JOGO E AO MINUTO

Mas o que interessa, para já, é este jogo.

Pelo que o Desp. Chaves já fez esta temporada e pelo crescimento que o Estoril teve com Pedro Emanuel esperava-se que fosse bom e até foi, em certa parte. Mas também foi parado, paradinho... muito faltoso e com muitos livres, para os dois lados e vários deles sem levar qualquer perigo às balizas contrárias.

Ainda assim foi num lance de bola de parada que Bressan colocou o Desp. Chaves na frente, aos 23 minutos. Livre frontal e muito perto da área, que o médio não desperdiçou... e nem sequer deu hipóteses ao estreante Thierry. 

O Estoril bem tentou responder por Mattheus na «mesma moeda», mas foi do banco que saiu o empate. Foi já na segunda parte e depois de Pedro Emanuel ter chamado André Claro, abdicando de Licá. O reforço de inverno mudou o jogo e também a forma de ameaçar a baliza. Na primeira ocasião que teve rematou rasteiro e... fez o 1-1, que já garantia a manutenção.

O empate fez bem ao jogo e sobretudo ao Estoril que, se já dominava, foi à procura de mais. No entanto, sem muito sucesso. Bola cá, bola lá e mais livres (foram tantos!) sem sucesso. Só já ao cair do pano e quando o empate teimava em persistir é que houve golo... envolto em polémica.

António Filipe travou Kléber em falta à entrada da área, o árbitro mostrou-lhe cartão vermelho direto e marcou livre. Reclamou-se grande penalidade, mas o árbitro assinalou bem. Mattheus chamado a converter, mais uma vez, depois de tanto tentar, marcou mesmo e selou o triunfo do Estoril num remate rasteiro a passar entre a barreira. Emanuel Novo, que se estreou e fez quatro minutos com a camisola flaviense não pôde fazer nada.

Acabou por ser justo e por valer a manutenção a quem mais procurou ser feliz. E quanto à honra, a do Estoril também foi salva, enquanto a do Desp. Chaves foi beliscada numa altura em que Ricardo Soares já só deve querer que a época termine.