Nacional e Belenenses empataram este domingo a uma bola, em partida da 21.ª jornada da Liga disputada no Estádio da Madeira. 
 
A equipa de Predrag Jokanovic, que se adiantou no marcador ainda na primeira parte, saiu do último lugar da tabela, por troca com o Tondela, mas voltou a não conseguir vencer. Já o Belenenses, que empatou a 15 minutos do final da partida, somou o segundo empate consecutivo, curiosamente com os últimos da classificação.
 
 
A partida começou algo dividida, mas com sinal mais para o Belenenses, visto que no primeiro quarto de hora foi conseguido chegar à baliza do Nacional com perigo e na sequência de transições de ataque organizado. Valeu nesta fase a atenção do guardião Facchini e do central César, para resolver lances em que os jogadores azuis surgiram bem colocados para inaugurar o marcador.
 
As transições ofensivas que a equipa madeirense ia tentando engendrar esbarravam num bloco azul bem organizado em todas as linhas, e que só se deixava surpreender em situações de contragolpe. Foi no decurso de lances deste género que o Nacional conseguiu aproximar-se das redes de Cristiano, mas o perigo criado nasceu quase sempre em lances de bola parada.
 
Contudo, a regra passou a ser a exceção, embora temporariamente, a partir dos 20 minutos, quando o Nacional, mesmo arriscando dar mais espaços a um Belenenses bem espraiado nas alas, finalmente conseguiu construir ofensivamente com transições rápidas e esclarecidas. O ponto alto desta fase foi coroado com o golo do reforço de inverno Aristeguieta, que surgiu a finalizar na cara de Cristiano após cruzamento de Washington pela direita, que não perdeu tempo nem objetividade para dar o melhor seguimento ao melhor movimento coletivo da partida.
 
Antes que o Belenenses pudesse reagir ao golo, o Nacional esteve perto do segundo, em mais um lance bem construído, desta feita pela esquerda. O golo e este lance trouxeram mais emoção à partida, mas o perigo junto de ambas as balizas surgiu em lances de meia distância ou no seguimento de bolas paradas.
 
Os azuis de Belém foram para o intervalo por cima do jogo, mas a defesa insular, que já havia resolvido as falhas de posicionamento evidenciadas nos momentos iniciais da partida, encontrava-se dona e senhora do seu reduto.
 
 O regresso das cabines trouxe apenas uma alteração no onze do Belenenses, com a entrada de Tiago Caeiro por troca com Edgar Ié. O Nacional tentou o segundo, logo nos minutos iniciais, quando Salvador Agra surgiu solto na pequena área antes da defesa azul resolver ‘in extremis’, mas o jogo cedo caiu num encaixe tático, com ambas as equipas a procurarem domínio nos respetivos meios campos ofensivos.
 
A meia distância começou a ser a arma de eleição do Belenenses, enquanto o Nacional, mais recuado, procurava o contra-ataque ou transições ofensivas rápidas. Neste capítulo, Jokanovic fez entrar o tecnicista Willyan. Depois foi forçado a mexer devido à lesão de Jota, fazendo entrar Vítor Gonçalves (naquela que foi a segunda contrariedade do técnico madeirense, já que foi obrigado a alterar o onze inicial com a entrada de Filipe Gonçalves devido à lesão de Mauro Cerqueira no aquecimento).
 
A equipa do Restelo, que continuou a pressionar já sem Yebda que havia saído por troca com André Sousa, acabou por ser premiada pelo maior esforço que vinha dedicando com o golo do empate, aos 75’. Juanto, que momentos antes havia desfrutado de uma boa ocasião, não perdoou após um grande passe de Miguel Rosa, desde a esquerda.
 
O golo caiu que nem um autêntico ‘balde de água fria’ na Choupana. Até ao final da partida, o Nacional lançou-se na procura do golo da vitória, mas esta esteve muito perto de acontecer para os lados de Belém. Aos aproveitar os espaços deixados pelo balanceamento ofensivo madeirense, o Belenenses contou com pelos menos duas grandes oportunidades para sentenciar o jogo e somar os três pontos.