O Rio Ave viu escapar uma vantagem de dois golos e houve empate em Arouca (2-2) no duelo da 13.ª jornada da I Liga, entre duas equipas a atravessar uma sequência de jogos sem perder, mas também a precisar de mais vitórias para outro conforto na classificação.

Aderllan Santos (5m) e Emmanuel Boateng (29m) deram vantagem ao Rio Ave, mas o Arouca reagiu e montou uma cilada no resultado aos vilacondenses. Uma “Syllada”, passe-se o jogo de palavras, pois foi a partir de duas assistências de Sylla que os espanhóis Cristo González (50m) e Jason Remeseiro (62m) igualaram o jogo.

O jogo começou com um momento que condicionou o Arouca, com o amarelo a Sylla logo aos 16 segundos, por falta sobre Amine. Mas a maior contrariedade surgiu pouco depois. O Rio Ave beneficiou de um primeiro canto na direita, Guga bateu, Boateng tocou de costas na bola perto da zona de penálti e a bola pingou para Aderllan, que ficou na cara de Arruabarrena e atirou para o fundo da baliza (5m).

O golo ditou a melhor entrada possível para o Rio Ave em jogo e foi a equipa de Luís Freire, embora com menos percentagem de bola do que o Arouca na primeira parte (63-37) a criar mais perigo quando havia aproximações às balizas.

Exemplo disso foi o forte remate de Joca, aos 16 minutos, que obrigou Arruabarrena a aplicar-se para evitar novo golo. Porém, este surgiria aos 29 minutos. Joca recolheu a bola em zona central perto da área contrária após uma má receção de Javi Montero e serviu Boateng. O ganês entrou pelo meio nas costas do espanhol (que ao tentar emendar o lance ainda caiu), recebeu o passe de Joca e ultrapassou Arruabarrena para o 2-0. André Narciso ainda foi alertado pelo VAR – em causa um possível toque de Boateng a poder ter provocado a queda de Montero – mas manteve a decisão após ver as imagens.

Logo a seguir, Joca voltou a ficar perto de marcar, de calcanhar, mas Arruabarrena opôs-se, numa primeira parte em que o Arouca atacou com maior volume e perigo pela direita, com boas combinações a envolver Tiago Esgaio, Cristo, Jason e Mújica. Porém, os três remates feitos não foram enquadrados com a baliza de Jhonatan. Aliás, houve um quarto remate que acabou no fundo da baliza, mas Sylla estava 31 centímetros adiantado no momento do passe de Cristo e ficou gorada a aproximação no marcador.

O Arouca acabou a primeira parte a dar sinais de querer responder e, se o Rio Ave marcou aos cinco minutos da primeira parte, a equipa de Daniel Sousa fê-lo aos cinco da segunda.

É verdade que foi o Rio Ave a ficar perto do 3-0 no reatamento, com um remate de Costinha pouco ao lado e um de Boateng ao ferro – era um golaço – mas foi Cristo a abençoar o marcador, relançando o Arouca ao minuto 50, após um grande lance de Sylla da direita para o meio e tabela com Kouassi.

O que podia ter sido um reinício de sonho para o Rio Ave virou total equilíbrio no jogo. O golo de Cristo empolgou o Arouca, que foi mais assertivo e perigoso face ao que fez na primeira parte e Jason materializou no 2-2 a resposta arouquense, aos 62 minutos. Numa boa jogada pelo meio, a partir de David Simão e Cristo, o espanhol concluiu ao segundo poste, com nova assistência de Sylla.

Até final, o Arouca viu travada em Jhonatan a reviravolta: o guarda-redes fez grandes defesas a David Simão e Mújica e, do outro lado, Arruabarrena ganhou dois duelos a Boateng e ninguém saiu a sorrir na totalidade. O Rio Ave soma a quarta jornada seguida a pontuar (uma vitória, três empates) e o Arouca ainda não perdeu em três jogos com Daniel Sousa.