A atravessar um período de quatro derrotas seguidas, Petit espera que o Boavista responda ao mau momento ainda que esteja condicionado por várias ausências.

«Foi uma semana na qual refletimos e conversamos sobre aquilo que se pode melhorar, pois temos de estar sempre a reajustar no plano defensivo e a mudar muitos jogadores. Tem sido difícil, já que destapamos de um lado para cobrirmos do outro. Numa equipa, a defesa é essencial para nos dar suporte. Amanhã [domingo] vai ser mais um caso disso. Sabemos dessa fase menos boa em que estamos, mas teremos de nos saber levantar, unirmo-nos e ir à procura da felicidade», disse, em conferência de imprensa.

O técnico refletiu ainda sobre o bom arranque dos axadrezados e a queda de rendimento da equipa.

«Temos uma base de atletas que já vinham da época passada e esse foi o nosso suporte naquele início de temporada. Depois, começou a haver lesões e castigos, mas temos de arranjar soluções, voltar às vitórias e trabalhar. Por vezes, não jogar tão bem, mas jogar para os três pontos, que é o mais importante», avaliou Petit, que nunca tinha perdido tão expressivamente em casa nas suas duas passagens pelo comando do clube do Bessa.

Em relação ao jogo, o treinador das panteras considerou a Reboleira «um campo difícil».

«Por tradição, [a Reboleira] é um campo difícil. O Estrela da Amadora disputa bastante os seus jogos em casa e mostra qualidade, apesar de ter alguns lesionados e de vir de uma série menos positiva. Vamos defrontar um opositor complicado e trabalhámos em função do seu habitual ‘onze’ ou dinâmica. Ou seja, com um trio de centrais, duas unidades bem abertas nos corredores, dois médios e os três da frente. Não variam muito», caracterizou.

Luís Pires e Chidozie juntaram-se a César, Rodrigo Abascal, Vincent Sasso, Júlio Dabó, Miguel Reisinho e Luís Santos no boletim clínico, deixando Petit com apenas dois nomes para a baliza e na iminência de não ter defesas centrais de raiz disponíveis na Amadora.

«Claro que me preocupa [a passagem de quatro para duas alternativas na baliza]. É uma posição específica, na qual temos de rezar para que não haja nenhuma lesão. Contamos com ambos. O João [Gonçalves] está a fazer a sua primeira temporada [como titular] e é normal que possa fazer ou outro erro, mas tem sabido evoluir. Já o Tomé [Sousa] tem 16 anos e esperamos muito dele no futuro. Quando há uma lesão, nunca é bom», observou.

O treinador dos axadrezados defendeu que é preciso «minimizar os erros individuais» que têm resultado em derrotas nas partias mais recentes.

«É claro que nunca é fácil trabalhar sobre ciclos negativos, mas temos de saber reagir. Já sabíamos desde o início que íamos para um campeonato longo e precisávamos de ter a felicidade de ninguém se lesionar, mas temos tido elementos fulcrais lesionados. Há que minimizar erros individuais, que nos têm causado algumas derrotas. Quando não se está bem, esses erros ainda se tornam mais evidentes», concluiu, numa época marcada também por ordenados em atraso e um impedimento de inscrição de novos futebolistas.

O Estrela-Boavista está marcado para as 15h30 ese domingo, na Amadora.