Há exatamente um mês, as 12 de fevereiro, o Estoril vencia o Tondela em casa e atenuava alguma da tímida contestação que se ia sentindo no António Coimbra da Mota.

Nada de especial, claro, até porque os adeptos estorilistas têm o hábito de aplaudir o treinador Bruno Pinheiro quando este sobe ao relvado. Mas aqui e ali, em jogos em que a formação canarinha foi incapaz de vencer as adversidades ou aguentar as vantagens, o técnico não foi poupado.

Este sábado, dia 12 de março, adeptos e equipa parecem ter finalmente feito as pazes, e sem contestação.

Depois do corrupio, canarinhos pegaram no jogo

Na receção ao Portimonense, em jogo da 26.ª jornada da Liga, o Estoril venceu por 2-0, numa partida em que foi quase sempre ao adversário. Com exceção dos primeiros minutos, onde a bola andou num corrupio entre uma baliza e a outra, sem pensar muito.

Mas assim que o jogo assentou, os homens de Bruno Pinheiro tomaram conta da redondinha.

Logo aos 15 minutos, por exemplo, André Franco ia fazendo das suas. O «chapéu» do médio de 23 embateu caprichosamente na barra. Foi o ensaio geral para o golo à meia-hora, de Mboula, com a ajuda de um desvio da defensiva algarvia.

Um golo justificado, já que o Estoril, apesar das poucas ameaças à baliza de Samuel, foi sempre mais equipa na primeira parte. O Portimonense foi procurando o golo aqui e ali, de bola parada ou aproveitando erros individuais do adversário, mas de forma bem mais tímida.

Geraldes furou o plano

Ao intervalo, Paulo Sérgio tirou Lucas Fernandes e colocou Fabrício para dar mais robustez ao ataque do conjunto de Portimão. Nakajima foi para o meio, numa clara tentativa de ter mais bola e presença na área.

Só que o plano saiu furado.

Aos 47 minutos, Mboula assistiu Francisco Geraldes e o médio rematou colocadíssimo para a baliza de Samuel. Um balão de oxigénio tremendo para os canarinhos, um impacto tremendo no Portimonense, onde a confiança não abunda – este sábado faz três meses desde o último triunfo dos algarvios.

Num dia chuvoso e feio, o amarelo do Estoril alegrou os mais de mil adeptos que estiveram no António Coimbra Mota. As pazes parecem estar definitivamente feitas, a sequência de três jogos sem ganhar terminada, e o sexto lugar ocupado à condição – fica à espera do Vitória de Guimarães.

Já o Portimonense continua a viver um 2022 a preto e branco, a cor das camisolas, e já vai em 14 jogos sem vencer. Para aquela que foi uma das equipas sensação do início do campeonato, é um registo francamente negativo.