A saída de Ezequiel Garay ainda não está consumada, pelo menos oficialmente, mas Jorge Jesus já a dá como certa. O treinador do Benfica garante que o presidente Luís Filipe Vieira não lhe deu a indicação de outros jogadores de saída, mas assumiu que o central argentino já não deve contar para a próxima época.

«Quando o presidente diz que saiu o jogador A, temos de ir à procura de uma alternativa. Até hoje não tenho conhecimento de qualquer saída, tirando o jogador que já se falava há um ano, que é o Garay», disse o técnico, em entrevista à Benfica TV.

Jesus mostrou-se preparado para perder alguns jogadores influentes, lembrando que «tem sido assim ao longo dos anos». «Eles vêm buscar os melhores. Os piores ou os médios não vêm buscar. O difícil é manter a qualidade da equipa face às exigências do Benfica, que joga sempre para ganhar», acrescentou.

O técnico deu a entender que o ativo que mais lhe custaria perder seria Enzo Pérez, lembrando que o argentino é um «jogador do treinador». «Nunca jogou naquela posição. Nem ele acreditava que podia jogar ali», afirmou.

Jesus deu também o exemplo de Matic, afirmando que o sérvio jogava como «10» ou médio interior do Vitesse, e lembrou a altura em que o escolheu para trocar o Chelsea pelo Benfica, no âmbito da venda de David Luiz. «Disse que ia fazer dele um grande médio defensivo», lembrou. 

O técnico falou também de reforços. De Candeias disse ser um jogador «com características próprias» e «de campeonato, com provas dadas». «Está identificado com a Liga e tem um perfil que nos pode ser útil», acrescentou.

Quando questionado sobre Dawidowicz e Friesenbichler, o técnico defendeu apenas a ideia que «formação não basta, é preciso prospeção». «Nenhum clube do Mundo pode jogar só com produtos da formação, isso não existe», defendeu.

[artigo original: 22h13]