O espanhol Mario Martínez e o nigeriano Michael Uchebo, ambos atletas que vestiram a camisola do Boavista na temporada passada, queixaram-se esta terça-feira de terem dois meses de salários em atraso no clube do Bessa.

Mario Martínez, que chegou aos axadrezados em janeiro, com contrato até final da temporada, utilizou a página do Facebook para denunciar a situação. «Depois de várias conversações com o clube não vou continuar no Boavista e o único motivo é que nos devem dois meses de salário da temporada anterior».

«No final do campeonato pediram-nos para assinar um papel a dizer que tínhamos as contas em dia para apresentar na Liga. Eu opus-me e não assinei porque já vivi situações semelhantes em que acabei por perder o que era meu», disse o médio, acrescentando, «a minha etapa no Boavista terminou».

Apesar de o jogador ter dito que não assinou o papel de isenção de dívidas, a candidatura do Boavista foi aceite pela Liga de clubes como tendo cumprido todos os pressupostos financeiros exigidos.

A mesma queixa de salários em atraso tem o avançado nigeriano Uchebo. O ponta de lança possui mais um ano de contrato, mas não faz parte das contas do técnico Erwin Sanchez. Em declarações ao allnigeriasoccer.com, o jogador diz que não está «satisfeito com a situação no Boavista» e que o empresário «vai apresentar uma queixa junto da FIFA».

Em declarações ao Maisfutebol, fonte oficial dos axadrezados diz que «quando os jogadores foram para férias ainda não tinha vencido nenhum mês». «Eles ficaram de passar por cá depois das férias para resolver a situação, mas, até agora, ainda não fizeram», explicou.

Como já foi referido, Mario Martínez chegou ao fim do contrato, mas Uchebo tem ainda mais um ano de contrato, apesar de a SAD axadrezada já ter anunciado que o jogador não vai ficar. Por isso, para o clube, estas queixas dos jogadores mostram «ressabiamento por saberem que não iam continuar no clube».

«O Boavista não compreende estas declarações do jogador [Uchebo] porque está em conversações com o empresário para encontrar uma solução para o futuro dele», frisou ainda a mesma fonte axadrezada.