Nuno Espírito Santo não gosta de individualizar mas permitiu algumas exceções durante a conversa desta quarta-feira com os jornalistas, na antecâmara do arranque da Liga, em que o FC Porto visita o Rio Ave.

O treinador portista foi por exemplo questionado sobre Rafa. Desejado por FC Porto e Benfica, alvo de conversas infrutíferas com o Sp. Braga, o internacional português é um jogador interessante para Nuno?

A pergunta foi lançada mas a resposta nada trouxe de novo. «Quanto a notícias de jornais, trata-se muitas vezes de pura especulação, não falo de jogadores que saem na comunicação social, falo sim dos jogadores que vão treinar comigo dentro de uma hora», salientou.

Ora Laurent Depoitre deverá ser um desses jogadores. O avançado foi contratado ao Gent e inscrito no mesmo dia para o play-off de acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões. Porém, a UEFA não permite a sua utilização frente à AS Roma.

«Sabíamos que podia acontecer isto, mesmo assim decidimos inscrevê-lo. Não veio tirar o lugar a ninguém. Mas agora pensamos no jogo com o Rio Ave e não com a AS Roma», começou por dizer.

Pinto da Costa admitiu que não conhecia Depoitre, revelando que a escolha foi do treinador. Nuno Espírito Santo assume a responsabilidade.

«É um jogador que eu conheço, que defrontei. Tem caraterísticas que nos podem dar muito, que nos podem dar soluções enquanto plantel. O FC Porto este ano terá como base a equipa, o grupo, não as individualidades», atirou.

Perante a chegada de Laurent Depoitre, que vestirá a camisola 9, abre-se espaço para a aposta em dois avançados, com André Silva, o novo número 10? O treinador não quis abordar essa possibilidade: «A força será a equipa, não se trata de individualidades. Tudo se completa, tudo é possível.»

Já na reta final da conferência de imprensa, Nuno Espírito Santo fez questão de enviar uma mensagem, em nome do FC Porto, a todos os que lutam contra a vaga de incêndios que assola Portugal.

«Gostava de dar em nome do FC Porto uma palavra de ânimos e coragem a todas as pessoas que estão a ser confrontados com os fogos e uma palavra de força para os nossos bombeiros», rematou.