As conversações tiveram avanços e recuos ao longo dos últimos dias, mas agora parece existir sintonia, e César Peixoto prepara-se para (re)assumir o comando do Paços de Ferreira.

O técnico volta assim ao cargo que deixou a 16 de outubro, após a eliminação da Taça de Portugal, frente ao Vitória de Setúbal, e com apenas dois pontos somados na Liga, em nove jornadas.

José Mota assumiu a sucessão, no regresso a um clube com o qual tem uma ligação de mais de 20 anos (primeiro como jogador, de seguida como adjunto, e depois como treinador principal), mas desta vez ficou apenas sete jogos. Perdeu cinco jogos e empatou dois, na Taça da Liga.

Consumada a saída de Mota, em meados de dezembro, surgiu a ideia de recuperar César Peixoto. O presidente, Paulo Meneses, chegou a dizer, em Assembleia Geral, que tinha sido um erro prescindir deste técnico, assumindo algumas falhas diretivas na preparação da temporada.

Após as primeiras conversas, César Peixoto ficou com dúvidas de que estavam reunidas condições para o regresso. Se, por um lado, queria corrigir a campanha que iniciou na Mata Real, por outro queria garantias de que teria condições para tal. No mercado de verão, por exemplo, o técnico sentiu que os reforços mais requisitados tinham chegado tarde.

A dada altura o regresso de César Peixoto parecia descartado, mas o plantel teve uma posição importante. Os jogadores mais influentes fizeram força para que o técnico regressasse. Até mesmo alguns reforços que estavam na porta de entrada da Mata Real mostraram o desejo de trabalhar com Peixoto.

Posto isto, a direção pacense e o técnico voltaram a conversar, e neste fim de semana chegaram a um consenso para o tal regresso, assente em mudanças debatidas em conjunto, de forma a evitar erros cometidos no passado.

Ao que o Maisfutebol apurou, César Peixoto deve (re)assumir o cargo já nesta segunda-feira. Uma situação algo comum no futebol italiano, por exemplo, mas nada habitual em Portugal.