Só podia resultar numa igualdade sem golos.

Paços de Ferreira e Sp. Braga criaram poucas oportunidades e não proporcionaram um espetáculo de grande nível num jogo da Liga apitado por um árbitro francês.

A participação do Paços de Ferreira na Liga Conferência  foi como um de amor de verão. Intensa, mas fugaz e com um final triste em contraste com um punhado de momentos felizes que a história tratará de preservar. Com as feridas saradas e a cabeça limpa, os castores entraram muito bem no jogo e incomodaram o Sp. Braga, incapaz de contrariar a pressão alta do adversário.

Fruto do bom arranque de partida, os pacenses poderiam ter inaugurado o marcador logos aos oito minutos. Hélder Ferreira não teve capacidade para fazer o chapéu que se exigia a Matheus e no seguimento do lance, Denílson cabeceou de forma fraca. Escapou-se assim uma excelente oportunidade para marcar.

Os bracarenses só entraram verdadeiramente no encontro a partir dos 15 minutos e tiveram uma soberana ocasião para marcar pelo estreante Chiquinho – André Ferreira fez uma boa intervenção.

O conjunto minhoto conseguiu sufocar o adversário por escassos minutos. Todavia, foi incapaz de criar ocasiões de golo. Por outro lado, o Paços de Ferreira foi capaz de criar perigo sempre que foi capaz de ter bola e de transitar e numa dessas ocasiões, Denílson viu Matheus negar-lhe um golo feito.

O domínio do Sporting de Braga acentuou-se a partir da meia-hora de jogo e continuou no segundo tempo. No entanto, a equipa de Carvalhal raramente foi capaz de tirar dividendos da maior capacidade de ter bola e de jogar no meio-campo contrário. O técnico tentou agitar o encontro a partir do banco – lançou Fabiano, Lucas Mineiro, Galeno e Abel Ruiz e só o conseguiu através do virtuosismo e da velocidade do extremo brasileiro que teve o golo do triunfo nos pés no período de descontos.

Aceita-se o nulo que prejudica mais o Sp. Braga, crónico candidato aos quatro primeiros lugares da tabela classificativa. Por sua vez, o Paços de Ferreira provou que já não há vestígios de qualquer ponta de tristeza pelo namoro de verão que terminou.