António Folha, treinador do Portimonense, em declarações na sala de imprensa do Estádio do Bessa, após a vitória por 2-0 frente ao Boavista, no início da segunda volta:

«O segredo na nossa forma de jogar é não ter medo de abordar os jogos. Tento passar isso todos os dias à minha equipa tanto fora como em casa. Sabemos que fora é mais difícil de jogar e assumir os jogos, mas tento sempre. A nossa ideia de jogo tem de estar sempre presente, não gosto que a minha equipa tenha duas caras. Sabíamos que o Boavista não está a passar uma boa fase e, se retardássemos as ocasiões de golos, tivéssemos paciência e criássemos oportunidades, foi o que aconteceu. A intranquilidade do Boavista refletiu-se, foi o que senti. Depois do golo ainda mais senti. é uma situação complicado, mas a nossa estratégia passava por aí. os minutos passam, o público fica intranquilo e os jogadores são seres humanos, todos passámos por isso. Apanhámos o Boavista desprevenido e aconteceu Parabéns aos jogadores que interpretam o que fizemos durante a semana.»

[Dá-lhe gozo ver a equipa e os jogadores evoluírem]:

«Obviamente que não é só o António Folha que gosta de ver a sua equipa jogar, a defender bem, a ter personalidade. Quando por necessidade lançámos um ou outro jovem, ver que eles estão dispostos a agarrar o sol. O sol nasce para todos e os jogadores têm de entender que é preciso sair de casa para apanhar sol. Tem de andar atrás dele, caso contrário o sol passa e eles queixam-se que nunca apanharam sol. Tem de andar da perna e apanhar sol como os outros. A vida é feita de muitos sacrifícios. E estes jovens têm de perceber que jogar a bola não é só prazer. Tem muito de sacrifício e de ambição. Muitos talentos perdem-se porque não tem a capacidade de se levantar todos os dias com esta ambição.»

«O Manafá teve uma ascensão muito boa. Fez jogos muito bons, despertou a cobiça de muitos clubes e fico feliz por ele. Isso do mérito dos treinadores vale o que vale. Não ligo muito a isso. Ligo mais ao mérito dos jogadores. Nós, treinadores, estamos no nosso cantinho e não fazemos muito alarido.»