A uma semana do início do campeonato, o Sporting efetuou o seu último jogo de preparação, empatando com o Nice no Estádio Algarve, na disputa da Algarve Summer Cup que teve um final caricato. Os leões ficaram com o troféu sem marcar um golo, uma vez que os franceses alegaram compromissos inadiáveis e não tiveram disponibilidade para a marcação de grandes penalidades. Pela amostra no Algarve, Jorge Jesus ainda tem a equipa muito desafinada, principalmente no setor defensivo, com muitos erros cometidos que têm originado muitos golos sofridos (dezanove) e que contribuíram para a dececionante pré-época leonina.
Rui Patrício; Schelotto, Coates, Ruben Semedo e Jefferson; João Mário, William Carvalho, Adrien e Bruno César; Alan Ruiz e Bryan Ruiz. Jorge Jesus indicara que neste último teste antes do jogo com o Marítimo, seria «mais a sério» e o onze inicial apresentado diante dos franceses tem muitas probabilidades de ser o que iniciará o jogo com os madeirenses dentro pouco mais de uma semana.
Com os quatro campeões europeus em campo, Jesus manteve a dupla Ruiz & Ruiz no ataque - depois de já ter sido testada ontem frente ao Bétis -. e na defesa entraram Ruben Semedo e Jefferson, em vez de Naldo e Zeegelaar. Pelas fragilidades que o setor tem mostrado nestes jogos de preparação, o treinador leonino recorreu ao seu habitual quarteto defensivo do último campeonato.
Mas isso não significou que esses problemas foram sanados, até porque os franceses estiveram muito perto de marcar por duas vezes nos minutos iniciais do jogo, com Seri (5), antigo jogador do Paços, a entrar na área pela direita e a cruzar com perigo, para no minuto seguinte Plea também escapar pela zona central e, na cara de Rui Patrício, atirar ao lado. E, tal como no jogo com o Bétis, foi complicado para a defesa sportinguista lidar com os passes metidos para as costas entre os centrais e os laterais, aparecendo sempre alguém solto para criar perigo.
Passados esses sustos, o Sporting foi assentando o seu jogo, que passou muito pelos pés de William Carvalho, e acalmou os franceses, que só chegaram novamente com perigo à baliza de Rui Patrício perto do intervalo, com Esseryc a entrar na área e a cair pressionado por Schelotto e Adrien. Na marcação da grande penalidade, Plea atirou fraco e Rui Patrício defendeu junto ao solo.
Esse momento isolado e desfasado do jogo que aconteceu quando a equipa de Jorge Jesus já dominava o jogo com segurança, construindo oportunidades suficientes para marcar. Nesse aspeto, Bryan Ruiz falhou por duas vezes, aos 21 minutos tentou enganar o guarda-redes Cardinale com um chapéu e aos 26, solicitado por Schelotto em posição frontal, atirou para defesa de Cardinale. Bruno César, aos 29, rematou às malhas laterais e aos 40 minutos Alan Ruiz tentou surpreender Cardinale com um remate de fora da área, com o guarda-redes a efetuar grande defesa.
Afinal Jesus fez muitas alterações
No início da segunda-parte Jorge Jesus efetuou apenas duas substituições, entrando Petrovic para o lugar de Adrien e Bruno César saiu para entrar Gelson Martins. João Mário passou para a esquerda e trocou muitas vezes de posição com Bryan Ruiz, e Gelson fixou-se na direita.
O descanso fez mal ao jogo, e principalmente aos leões, que foram decaindo à medida que o tempo ia escoando e as substituições sucediam-se. Mesmo sem pressionar muito, o Nice esteve mais perto do golo, valendo aos leões uma grande defesa de Rui Patrício (87m) a um desvio de cabeça de Plea. Bem antes, aos 61 minutos, Koziello voltou a entrar na área leonina com um certo à vontade e tentou bater o guarda-redes leonino com um chapéu, mas a bola passoua por cima da barra.
A única vez que os leões estiveram perto de marcar neste período foi por Slimani (84m), num remate à meia volta que passou perto do poste. Muito pouco, a uma semana do início do campeonato...
