* Por Jorge Fonseca

A necessidade imperiosa de somar os três pontos pareceu tolher a equipa da casa que, dispondo de um conjunto de ocasiões soberanas para chegar ao intervalo a vencer, ao desperdiçá-las, ameaçou hipotecar o objetivo para hoje.
 
Contudo, do outro lado, a melhor circulação de bola esbarrava no último passe e, quando este saiu bem, ou a falta de pontaria ou Adriano mantiveram o nulo a prevalecer.

Ainda assim, os cónegos com mais razões para sorrir ao intervalo.
 
É que logo aos 8 minutos, a bola esteve tão perto de passar o risco da baliza de Marafona que se torna difícil perceber como não o fez. Por fim, na molhada, alguém acabou por encerrar a aflição.

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Dez minutos volvidos, Alex começou a tarde de desperdício: lançado por André Simões e depois de contornar Adriano, perdeu o ângulo e a pontaria e acabou atirar por cima da barra.
 
Simy (23m), o gigante do ataque gilista, não quis ficar atrás de Alex e quando se viu frente a frente com Marafona, atirou-lhe para as mãos.

No banco dos «galos» José Mota seguia tudo tão irritado quanto descontente: depois de Caetano (26m) tirar tinta ao poste num remate do limite da área, Simy ganhou nas alturas mas voltou a falhar o alvo.
 
Até final, e sob a batuta de João Pedro, Alex voltou a ter a baliza como alvo, mas Adriano voltou a mostrar que era o jogador mais assertivo em campo e o nulo acabou por ser o resultado com quês e chegou ao empate.    


 
O início da segunda parte replicou o que se havia passado na primeira parte, com os locais à procura do golo e o Moreirense, mais cirúrgico, a tentar jogar no erro dos «galos».

Simy (46m) e Bolívia (52m) mostraram que a tendência era para o nulo continuar, mas depressa os ânimos aqueceram quando os gilistas pediram mão na bola de Danielson (55m) na área dos cónegos.
 
José Mota tirou então os criativos Caetano e João Vilela e tentou dar mais velocidade com as entradas de Piqueti e de Vítor Gonçalves. Poucos depois Diogo Viana (62m) ensaiou novo remate, mas à malha lateral.

Segundos depois, e antes de sair, Arsénio tenta a sua sorte na área contrária, mas Adriano defende, com a bola a embater ainda no poste.
 
O mesmo Adriano, no entanto, já nada pôde fazer quando o recém-entrado Gerso lhe apareceu na frente assistido por Alex, a inaugurar o marcador a 16 minutos do fim. Reacção imediata, mas apesar de ganhar todas as bolas no ar, Simy viu-se sempre batido pela acção de Marafona.
 
Com os 31 pontos somados, a equipa de Moreira de Cónegos começa a ver muito de perto a manutenção na Primeira Liga enquanto os gilistas parecem não conseguir encontrar a fórmula para sair da zona de despromoção, ainda que haja ainda muito campeonato e as diferenças sejam curtas.