Jogo desinteressante no Estádio dos Barreiros entre duas equipas que praticamente não criaram oportunidades de golo aos longo dos 90 minutos. O Marítimo não tirou proveito da superioridade numérica desde o minuto 32 e foi incapaz de ter ideias para furar a bem organizada defesa do Estoril.

No regresso de Kléber aos Barreiros depois da polémica saída do Marítimo, Leonel Pontes apresentou duas novidades no onze: a estreia absoluta de Xavier e a primeira titularidade de Fernando Ferreira na Liga.

A primeira parte foi muito morna, com Estoril e Marítimo a não conseguirem criar oportunidades de golo. O momento mais importante dos primeiros 45 minutos acabou mesmo por ser a expulsão (vermelho direto) de Esiti, médio canarinho que entrou duro sobre Fernando Ferreira e foi por isso mais cedo para os balneários.

Até o intervalo, o Marítimo não conseguiu tirar vantagem da superioridade numérica, mostrando grandes dificuldades em chegar ao último terço do terreno, fruto da grande pressão exercida pelo Estoril que começava logo nos homens mais adiantados do terreno.

Sem criatividade para mais, os verde-rubros recolheram aos balneários sabendo que tinham de fazer bem melhor na segunda parte.

Quem já não regressou ao relvado foi Fernando Ferreira, rendido por Dyego Sousa, com Leonel Pontes a querer dar mais profundidade ofensiva à equipa, o que, de facto, aconteceu. Pelo menos durante alguns minutos.

A jogar com mais um jogador, e com mais um de características ofensivas, o Marítimo começou a chegar com mais frequência à área contrária e aos 58 minutos acabou por usufruir da oportunidade mais perigosa em todo o jogo, por Xavier: um remate cruzado da esquerda, depois de uma boa jogada individual.

Insatisfeito com o rumo dos acontecimentos, a 15 minutos do fim, Leonel Pontes tirou Edgar Costa e Fransérgio e lançou Vidales e Weeks, mas as mudanças não resultaram já que a ansiedade em chegar ao golo tirou o necessário discernimento nas jogadas.

O Marítimo nunca conseguiu ultrapassar a bem organizada defesa do Estoril que, com 10 jogdores, fechou-se lá atrás, defendendo sempre com muitos homens e tentando espreitar o contra-ataque, o que também nunca acontecia.
O melhor que a equipa de José Couceiro conseguiu foi um remate de Tozé fora de área e que nem foi à baliza.
Mas era o Marítimo que, por jogar em casa e por ter mais um jogador desde a primeira parte, podia e devia ter feito melhor.