A Autoridade para a Prevenção e o Combate à Violência no Desporto (APCVD) abriu um processo contraordenacional ao jogo da 15.ª jornada da Liga, entre Vitória de Guimarães e Rio Ave (0-0), que foi interrompido durante alguns momentos devido a um episódio de racismo.

Segundo o curto comunicado da APCVD, as notícias sobre «insultos de natureza discriminatória e atos de racismo» na partida de sábado, no Estádio D. Afonso Henriques, levam à instauração do processo, «tendo em vista o apuramento de eventuais autores dos factos denunciados e responsabilidades daí decorrentes».

Recorde-se que Emmanuel Boateng denunciou ao árbitro André Narciso, aos 66 minutos, alegados insultos racistas vindos das bancadas. O juiz do encontro exigiu que fosse emitido um aviso sobre o sucedido através do speaker e só depois disso o jogo retomou.

O Vitória, por sua vez, já pediu que se apurem «todos os factos» para evitar «um julgamento precipitado» e alega que, à exceção do jogador ganês, mais nenhuma entidade associada à realização do jogo se apercebeu dos «alegados acontecimentos».

A APCVD, refira-se, já sancionou o Vitória por um caso semelhante, então relativo ao avançado do FC Porto Moussa Marega, numa decisão de outubro de 2020 que condenou os vimaranenses a três jogos à porta fechada, da qual o clube recorreu.