Pedro Proença admitiu a utilização da tecnologia como meio auxiliar da arbitragem em jogos de futebol.

O árbitro internacional falou na abertura do XIII Encontro Nacional do Árbitro Jovem e garantiu que não se pode travar o futuro durante muito mais tempo.

«A tecnologia já tem sido introduzida no futebol. É inevitável que seja introduzida e vai acontecer mais cedo ou mais tarde. Há 20 anos, viam o jogo os 40 mil adeptos que iam ao futebol. Hoje, é visto por milhões de pessoas através da televisão. Se milhões veem que foi grande penalidade, por que é que o árbitro não é capaz de ver?», referiu.

«Os árbitros estão preparados para deixar as tecnologias entrarem no futebol. O que interessa não é defender a imagem do árbitro, mas a verdade desportiva», acrescentou.

Discordando daqueles que são contra às novas tecnologias, porque consideram que sem o erro do árbitro não existe a pimenta do futebol, Pedro Proença entende que «os grandes artistas são os jogadores e treinadores» e «não o árbitro».

«Mais cedo ou mais tarde vamos ter de aceitar que o futebol é escrutinado pelos meios tecnológicos. Não conseguimos vencer contra 15 ou 16 câmaras. Os meios tecnológicos são muito bem vindos e os árbitros recebem-nos de abraços abertos, porque querem errar o menos possível», acrescentou.