Treinador do Santa Clara aponta falta de eficácia e tranquilidade no último terço como fatores decisivos para a derrota diante do Tondela

«Não me surpreendeu [a forma como o adversário jogou]. O Tondela é uma equipa que tem valor e conseguiu ser mais competente do que noutros jogos. Foi uma prestação dentro daquilo que já vi apresentar, com nuances diferentes. Neste jogo acabou por ser um Tondela mais retraído, com linhas mais baixas, a tentar ser mais seguro, com menos espaços entre linhas, comparativamente com aquilo que tem dado, isso sim, uma diferença bem significativa».

«Antes de sofrer, tivemos possibilidade de ficar várias vezes na frente. Foram 30 minutos muito bons do Santa Clara. Oportunidades claras para ficar na frente do resultado. Cinco oportunidades de golos na primeira parte. O que faltou? Marcar primeiro, era importantíssimo. Merecíamos ter concretizado primeiro e tudo seria diferente. Com o 1-0, um bocadinho contra a corrente, não deixámos de tentar, de fazer, de procurar.

Na segunda parte, em desvantagem, disse aos jogadores que teríamos que ter paciência para encontrar os espaços via cruzamento, via combinação, via remate de exterior. Estivemos por cima, com domínio, com ascendente. Tentámos de várias formas, não conseguimos concretizar. Tivemos possibilidade de entrar no 1-1, não aconteceu, e sofremos o 2-0 num contra-ataque. Tudo ficou mais difícil até ao final. Nós costumamos dizer que quem não marca sofre, e foi um bocadinho isso».

[como reagiu a equipa à desvantagem ao intervalo?]

«Do ponto psicológico a equipa ressentiu-se. No balneário ao intervalo, o sentimento era de injustiça, agora no final, sentimos que nos faltou um bocadinho de estrelinha no jogo, e maior capacidade de discernimento na hora de finalizar. O Tondela cometeu poucos erros, mas nós conquistámos bastante e não aproveitamos. Naquilo que num ou noutro lance concedemos, acho que houve bastante mérito da maneira que o Tondela aproveitou»

[ausências foram importantes]

“Mudámos um bocadinho características pelas ausências que tivemos. Não é lamento, mas é um facto. Depois, tivemos outras formas de conseguir finalizar, faltou-nos foi no último terço do campo, alguma tranquilidade. Fruto da tomada decisão que não foi a melhor, não fomos ainda mais equipa, mais capazes de fazer um golo. O segundo golo acaba por ser um duro golpe para nós.»