A FIGURA: Marinho

Quase quatro anos depois da mítica final do Jamor, na qual deu a segunda Taça da história à Académica, Marinho voltou a sentir-se rei na cidade que o acolheu há quase cinco anos. Num início frenético de segunda parte, esteve em plano de evidência em duas recargas, apontando os dois golos que valeram o regresso às vitórias da equipa conimbricense. Saiu lesionado a meio do segundo tempo, debaixo de uma merecida ovação do Cidade de Coimbra.

O MOMENTO: Penálti mais expulsão mais golo = jogo decidido

A Académica acabou por resolver a contenda relativamente cedo no segundo tempo. No espaço de três minutos, fez dois golos mas tudo começa num lance que penalizou duplamente a equipa vitoriana: Nii Plange isolou-se, sofreu falta de Pedro Henrique na grande área e à grande penalidade (convertida apenas na recarga, por Marinho) deve-se juntar a expulsão do central vimaranense. Tudo conjugado, deixou o jogo encaminhado para a Briosa. O golo seguinte de Marinho só ajudou a confirmar essa ideia…

OUTROS DESTAQUES

Nii Plange: Depois de uma primeira parte de bons movimentos e velocidade constante na ala esquerda, tornou-se numa das figuras da partida, ao ganhar a grande penalidade que acabaria por se transformar no lance do primeiro golo da Académica e que valeu a expulsão de um central contrário. Já no fim, ganhou direito a ovação, depois de um excelente corte na grande área academista. Sempre ligado à corrente, é atualmente um dos jogadores em melhor forma nesta equipa.

Leandro Silva: Este não sabe mesmo jogar mal. Dinâmico, intenso nas disputas mais físicas, capaz de dar equilíbrio ao meio-campo e ao mesmo tempo esticar jogo para a frente, tem sido um dos jogadores mais competentes numa época conturbada para os lados de Coimbra. Já a caminho do último quarto de hora, isolou-se na direita mas o remate saiu direito ao poste da baliza de João Miguel.

Rafa Soares: A melhor prestação desde que chegou a Coimbra. Rápido, deu sempre apoio a Nii Plange na ala esquerda e foi dos seus pés que saíram os cruzamentos para várias das oportunidades desperdiçadas pelo conjunto da casa. Na segunda parte, não esteve tão participativo do ponto de vista ofensivo mas ainda assim foi importante a fechar o corredor.

Aderlan: Voluntarioso em termos ofensivos e também disponível a defender, fez um dos jogos mais sólidos que se lhe recorda. É verdade que a falta de dinamismo dos vitorianos no seu corredor também o ajudou, mas empenho e boa vontade foram coisas que não lhe faltaram nesta partida.

Otávio: Um dos mais inconformados, numa pálida prestação, em termos globais, da equipa minhota. Sempre ativo, soltou o perfume do bom futebol em algumas situações, embora sem grande consequência. Algo quizilento em certos momentos, arrancou várias faltas e bons passes mas ainda assim esteve longe do brilho e assertividade doutras noites…