Lilian Thuram é mais do que um defesa internacional francês em final de carreira que deixou a Juventus para assinar pelo Barcelona. Aos 34 anos, o futebolista aproveita para acções humanitárias de apoio aos desfavorecidos em África.
Thuram dedica-se especialmente ao apoio daqueles que sofrem de drepanocitosis. Uma das doenças mais espalhadas por África. Uma infecção genética que afecta um vasto número de habitantes africanos.
Thuram tenta fazer com a doença seja conhecida em todo o Mundo aproveitando a sua imagem, para que possa ajudar quem sofre com esta terrível patologia. «Fui uma semana ao Senegal, à África do Sul, ao Benim e ao Togo depois do Mundial. Fui dar a conhecer a doença através da imprensa e da televisão e tivemos sorte em encontrar responsáveis de todos os países que se mostraram sensibilizados para poder trabalhar com estas pessoas, recolher as crianças e educar as famílias onde se encontram doentes de drepanocitosis. O problema é mesmo quando surge a doença numa criança e o seu educador não sabe o que é, nem como tratá-la», explicou.
Thuram, que em criança pensou seguir a doutrina católica e tornar-se mesmo padre, lembra como a doença é ainda muito desconhecida. «É estranho porque há 100 anos que se descobriu e é a doença mais importante em termos genéticos do mundo inteiro. 85 por cento dos doentes são de raça negra porque se transmite de geração para geração», apontou.
Thuram lembra que «300 mil crianças morrem em cada ano em África devido a esta doença», e que «aqueles que sofrem do mesmo na Europa têm uma esperança de vida maior». «O que queremos é que todas as crianças que nasçam neste país façam análises rapidamente para se transportam a doença. E se for o caso actuar rapidamente.»