Luís Miguel foi muito crítico para com Fábio Faria, embora nunca tenha referido o nome do central expulso esta tarde com o Gil Vicente, depois do sétimo vermelho em seis jogos. O treinador soma por derrotas os três jogos ao leme dos «castores» mas garante que a pressão é igual

«Pressão eu sinto todos os dias quando me levanto às 6 da manhã para trabalhar para o clube. A equipa aceitou-me bem, os resultados não têm correspondido, assumo as minhas responsabilidades, mas é um grupo e estamos todos no mesmo barco. Tem-nos faltado qualquer coisa, mas estou aqui para resolver o problema e vou resolve-lo com toda a segurança. Agora há questões que me ultrapassam. Tenho de actuar, porque não posso ser responsável quando é preciso ter cabeça fria e ser homem. Não posso aceitar o que tem acontecido [sete expulsões esta época] e vou resolver isto, nem que tenha de jogar com os juniores. Se estou a falar do Fábio Faria? Nunca vou acusar um jogador directamente na comunicação social, mas eles têm de assumir responsabilidade deles.»

[Sobre o jogo:] «Entrámos muito bem, a circular a bola. Os primeiros 20, 25 minutos foram de grande qualidade, jogamos como eu gosto. Criámos oportunidades e fizemos um golo. Depois veio a lesão do Nuno Santos e a equipa jogou alguns minutos com menos um e depois demorou a entrar no ritmo. Sofremos também um golo no último minuto da primeira parte, o que deu confiança ao Gil Vicente. Tenho muitas dúvidas no penalty e, se for, eu aceito e peço desculpa, mas se não for, tenho de dizer que sou prejudicado. Não vi as imagens mas o Cássio diz-me que toca a bola. O golo tirou discernimento à equipa. Na expulsão não há desculpa possível. Nunca conseguimos chegar ao fim com 11 jogadores e, assim, é difícil manter uma equipa coesa e estável.»