*Enviado-especial ao Brasil

«Impressionante», «incrível», «mágico». Não, estas não eram palavras dos adeptos uruguaios no Itaquerão acerca de Luis Suarez, mas dos próprios companheiros de equipa, comentando o desempenho do seu número 9 diante da Inglaterra e, mais do que isso, a recuperação em contra-relógio que lhe permitiu reencaminhar a «Celeste» na direção dos oitavos de final. «Viram o que ele fez, para mais com o joelho como estava há três semanas? Para mim é o melhor avançado do mundo. Sentimos-lhe a falta no primeiro jogo», comentava Fucile, genuinamente impressionado.

Sebastian Coates, colega de Suarez no Liverpool (atualmente está emprestado ao Nacional) ia mais longe, e evocava uma das imagens mais fortes da noite, aquela em que Suarez correu para a lateral, para dedicar o golo a Walter Ferreira, o recuperador físico que trabalhou diretamente com ele nos últimos tempos: «Não sei como conseguiu. Mas o Walter é muito bom no que faz e disse-lhe que se trabalhasse no duro poderia recuperar a tempo de jogar com a Inglaterra e esse passou a ser o objetivo do Luis. Para nós é muito importante tê-lo no campo connosco, até porque este jogo era uma final.»

Quanto ao principal interessado, deteve-se na zona mista a falar com jornalistas de todo o mundo, irradiando uma felicidade própria de que ainda não digeriu bem o impacto de uma noite de sonho: «Fiquei muito emocionado. Depois de tudo o que passei e depois de tudo o que se duvidou de mim. Sofri muito nas últimas semanas e tenho de agradecer o apoio da minha mulher e do Walter Ferreira. Sem ele eu não estaria aqui agora. Nunca deixei de sonhar com algo assim, e e a verdade é que estamos a desfrutar este momento. Foi a melhor maneira de provar tudo o que queria provar a quem me criticou. Agora vamos festejar e pensar no jogo com a Itália, que é ainda mais importante», concluiu.