Manuel Machado e Ulisses Morais em declarações no fim do empate (1-1) entre Nacional e P. Ferreira na Madeira:

Manuel Machado, treinador do Nacional:

«Foi um jogo com um resultado que não se queria. Ao longo dos 93 minutos que durou a partida, penso que o Nacional teve uma postura mais ofensiva e de vitória. Na primeira parte, o Paços defendeu quase sempre com onze jogadores atrás da linha da bola, mas fizemos um golo e perdemos ainda duas boas ocasiões. Ao intervalo vencíamos e de forma justa, penso eu.

Na segunda parte, as coisas foram diferentes. O Paços introduziu alguns jogadores de muita mobilidade e tentaram equilibrar a partida. Puseram-se a jeito para que o nosso contra-ataque funcionasse. E assim foi, em dois ou três momentos pudemos matar o jogo e houve falta de eficácia. Depois, no único remate digno desse nome, pois vai com a potência e a direcção certas, fizeram um belíssimo golo.

É um resultado que nos penaliza pois tivemos os melhores momentos. Não resolvemos o jogo e por isso há alguma responsabilidade nossa. Há tambemum factor aleatório, um remate só. Premeia quem não o merecia e houve sorte. Este empate não tem nada de justo. A Europa? Está tudo em aberto. É esperar até à ultima jornada».

«Há um terceiro factor de interesse. É a nomeação deste árbitro para um jogo desta importância. Os responsáveis da arbitragem deveriam ter outra atenção e colocar alguém mais experiente nestes momentos decisivos. O árbitro mostrou alguma inexperiência e com erros graves, nas quais sobressai a anulação de um golo limpo ao Nacional, que dava o 2-0 e anulava a reacção do P. Ferreira. Não vi qualquer acção dos meus dois atacantes passíveis de qualquer sanção. Fiquei pasmo com a anulação do golo».

Ulisses Morais, treinador do P. Ferreira:

«Temos a consciência do valor do Nacional e dos seus objectivos. O nosso ciclo anterior levou a uma perda de confiança. Com empenho, dedicação e qualidade, viemos fazer um jogo descomplexado e sério.

Fizemos um jogo equilibrado, mas na primeira parte, no único erro sofremos um golo.

Na segunda parte acreditámos que eliminando os erros iríamos mudar o jogo. E ficou provado, com os jogadores a acreditar, controlando o jogo, provocando erros ao Nacional e não marcámos.

Não tivemos receio de sofrer mais um golo e fomos premiados justamente pela nossa dedicação e empenho. Foi um jogo com um resultado justo com duas equipas com vontade de ganhar. Partimos para duas jornadas com maior confiança».