Manuel Machado e Ulisses Morais, treinadores do V. Guimarães e da Académica, em declarações após o empate (0-0) em Coimbra que apurou a formação minhota para a final da Taça de Portugal.

Manuel Machado, treinador do V. Guimarães:

«Os adeptos estão numa festa incrível? Está aí o reverso da medalha, como é óbvio. É justo dizer que é uma massa adepta muito particular, que incita e apoia nos momentos de vitórias, mas quando há uma quebra também cobra. Queremos dar-lhes esta prenda muito especial. Era um anseio muito grande de toda a família vitoriana estar no Jamor. Podíamos ter evitado o sofrimento final, mas o mais importante foi conseguido. Estou emocionado, como está toda a gente. Por muito controle que haja exteriormente, o nosso interior é de ser humano e ressente-se. Já vivi a final de 1987 noutras funções, mas desta vez é sem dúvida especial.»

Ulisses Morais, treinador da Académica:

«Queria agradecer. Há muito tempo que não se via este ambiente e isso deve-se ao trabalho destes profissionais sérios e dedicados. Quando cheguei havia desconfiança, mas hoje tudo mudou. Por isso a nossa sensação não pode ser de bem-estar, porque queríamos dar-lhes o dobro do que nos deram. Faltou-nos um pouco a felicidade no momento da finalização, porque se empatássemos a eliminatória não tenho dúvidas nenhumas que a iríamos ganhar. Mas não há ninguém que possa colocar em causa o trabalho destes profissionais. Estamos tristes por não termos conseguido chegar ao que era difícil, mas não era impossível. Quero agradecer a todos os que acreditaram em nós e essa é uma mensagem que não podemos esquecer.»