Se levarmos a sério o que disse Gilberto Madail a seguir ao Holanda-Portugal, no Euro 2007, restam-nos duas perguntas:
1. Se a UEFA funciona de facto daquela forma, por que motivo nunca ouvimos nós o presidente da Federação Portuguesa de Futebol falar no assunto? E, já agora, por que motivo aceita permanecer nessa organização, ainda por cima em cargo de relevância, o Comité Executivo?
2. Que obscura relação existirá entre a Alemanha e a Holanda para que um árbitro germânico seja suspeito ao apitar um jogo da «laranja»? Não será de certeza uma amizade secular, algo que a história do século XX desmente, como o presidente da federação portuguesa deve saber. Seja lá o que for, mais uma vez Madail deveria ter falado antes.
Dito de outra forma, as declarações de Gilberto Madail são absurdas. De resto, se estava tão preocupado com as nomeações da UEFA, talvez pudesse dar um salto à Holanda, para estar mais perto da equipa, apoiá-la. Apesar de ser uma cidade pequena, Groningen tem os seus encantos e o hotel da selecção lugar para mais um.
P.S.: José Couceiro também se excedeu nas referências ao árbitro. É lamentável que este tipo de discurso continue a existir. Um jogo de futebol é muito mais do que a soma de penalties, cartões e faltas e é triste que em Portugal se olhe para o jogo de uma forma tão redutora.