Há onze anos, a 5 de Junho de 2000, o Maisfutebol nasceu porque já não fazia sentido esperar pelas notícias até ao dia seguinte. Hoje, não faz sentido esperar até chegar perto de um computador.

Há onze anos, o Maisfutebol preencheu duas necessidades: ter informação de desporto credível, rigorosa e isenta logo que existia; escrever sobre o que realmente interessa, o futebol jogado em vez do futebol cansativo falado pelos dirigentes.

Onze anos depois, para saber tudo na hora as plataformas móveis são essenciais. Afinal, o telemóvel está sempre consigo. Por isso Maisfutebol desenvolveu no primeiro semestre de 2011 quatro aplicações, que nos próximos tempos desenvolverá. Para iPad, iPhone, Android e Nokia. Ou seja, cobrimos todo o mercado, se acrescentarmos o site m.maisfutebol.iol.tp, optimizado para telemóveis.

Porque acreditamos que o futuro é digital, este ano o livro da época, que editamos desde 2004/05, foi concebido de forma diferente. Além do conteúdo das épocas anteriores, acrescentámos mais fotos e vídeos. Será apenas electrónico. Pode encontrá-lo na Apple Store e na Amazon. Neste momento, «Incrível Porto» é líder em ambos. Nas aplicações pagas iPad e nos ebooks de futebol vendidos na Amazon. O que impressiona mais é que esta obra, em português, ocupa a quinta posição no top de livros de futebol mais vendidos na livraria online. E isto inclui livros em papel.

Onze anos depois, quem lê este texto sabe o que é o Maisfutebol. Em parte, corresponde ao que planeámos em 2000. Há muita coisa que ainda não fizemos. Há outras que nem pensávamos fazer. Gostamos sobretudo das que temos pela frente e ainda nem desconfiamos.

Onze anos depois, infelizmente o ambiente que rodeia o futebol português continua a ser mau, vezes de mais feio. E continua a ser muito difícil manter relações educadas e inteligentes com clubes, dirigentes, treinadores e jogadores. Mas a coisa faz-se na mesma.

A crise económica em que mergulhámos torna mais difícil investir em projectos novos e o bom jornalismo precisa de pessoas, meios, tempo, paciência e coragem. Talvez não por esta ordem. Da nossa parte, garantimos o mesmo de sempre: tentaremos fazer jornalismo em que possa confiar, com ângulos novos e a irreverência dos primeiros tempos. Partiremos daquilo que não custando dinheiro aparenta ser um bem escasso: a independência.