Muitas das perguntas recebidas pelo Maisfutebol prendiam-se com amigos, antigos companheiros, vizinhos que queriam saber de Makukula. O avançado recordou os tempos de Guimarães, de Setúbal e até quando jogava descalço em Albergaria-a-Velha. No final considerou-se um verdadeiro tuga.
Lembras-te quando davas uns pontapés na bola na escola primária em Chaves? Eras meu colega de carteira e agora grande jogador de futebol. (Edgar)
Lembro-me de algumas partes da minha infância em Chaves, mas não me lembro de tudo. Era muito pequenino ainda. Pelo nome não estou a associar, mas se vir o Edgar de certeza que me vou lembrar dele.
Não nasceu em Portugal, como foi a sua adaptação ao nosso país e ainda para mais sendo futebolista? (Cláudia)
É verdade, não nasci em Portugal, mas sou português. Portugal deu-me tudo. Portugal fez tudo para mim. Só tenho que agradecer, até a forma como se tornou fácil a minha integração. Se puder agradecer representando a selecção, é com muito prazer que o faço.
Miúdo, joguei muitas vezes contigo, lembro-me como se fosse hoje, descalços no asfalto em Albergaria-a-Velha. Na altura ninguém esperava que chegasses a este nível. Aproveito para te perguntar: agora que estás nas bocas do mundo, ainda te consegues lembrar desses tempos de jovem bem passados? (João Pinho)
Eu era júnior em Guimarães e os meus pais viviam em Albergaria-a-Velha. Ia muitas vezes lá, para ver os meus pais. Tinha muitos amigos, lembro-me perfeitamente de jogar com eles descalço e aproveito para enviar um abraço ao João Pinho.
Quero apenas sugerir ao Makukula que corte o cabelo ou que o rape, pois não cai bem o modelo de cabeleira que ostenta. Ficará com mais classe, se usar um corte à Henry ou à Kanouté, entre outros. Aceitavas esta sugestão? (Maria José)
Isto é tudo uma questão de imagem. Acho que faço um bocado a diferença com o meu cabelo assim. Há jogadores que rapam, há jogadores que fazem traças, eu acho que marco a diferença com este meu estilo próprio.
Reparei que fala um português perfeito. Sente-se um verdadeiro tuga? (JM)
Sinto-me um tuga mesmo, sinto-me tuga. A minha infância foi toda aqui, foi aqui que cresci, é aqui que tenho os meus amigos, sinto-me português. Acho que até é esquisito o leitor perguntar isso. Sinto-me um tuga na verdadeira acepção da palavra.
Gostava se saber qual era o seu maior sonho? (Francisco)
Era chegar a um Mundial e jogar com a camisola da selecção de Portugal.
Neste momento de felicidade (e dou-te os meus parabéns pelo teu mérito), gostava de saber se tens algumas recordações do teu tempo em que viveste e jogaste no V. Setúbal? (Hugo)

Tenho grandes recordações desse tempo. Tinha dois grandes amigos, o Pateiro e o Ricardo Pereira, iam-me buscar todos os dias a casa e íamos treinar juntos. O Pateiro já o voltei a ver, está agora no Nacional, espero que o Ricardo chegue também ao mais alto nível para que nos possamos reencontrar os três.
Há pouco tempo vi as tuas fotos quando andavas nas escolinhas do V. Setúbal e lembro-me também de dizeres que este era o teu clube do coração. Comemoravas um golo a tua equipa do coração? (Luís Oliveira)
Sinceramente já pensei muito nisso, se festejaria um golo contra o V. Setúbal. Trata-se de um clube do qual sempre gostei e se marcasse um golo ia saber muito respeitá-los.
Há uns anos via pela cidade de Guimarães um gigante de quase dois metros e duas dezenas de miúdos atrás dele. Foste acolhido, acarinhado e cresceste na nossa cidade mas nunca ouvi qualquer referência tua sobre isso. Qual é a tua opinião sobre nós, cidade e clube? (Ricardo Carvalho)
Tem razão, nunca falei do V. Guimarães. Também porque as pessoas nunca me perguntaram por ele. Tenho muito carinho pelo V. Guimarães, é o clube que me deu tudo na minha formação e que amo muito, de coração. Só tenho que agradecer ao V. Guimarães.