O Tribunal Administrativo e Fiscal do Funchal vai analisar uma acção popular que pretende anular a cedência do Estádio dos Barreiros ao Marítimo decidida pelo Governo regional da Madeira.

A acção defende que a cessão não salvaguarda os fins de interesse púbico desportivo e viola o contrato que sustenta a sua doação, feita em 1939 à então Junta Geral do Distrito. Baltasar Aguiar é um dos quatro autores da acção popular e diz à Lusa que avançou com o processo, mesmo sendo simpatizante do Marítimo, por considerar «inadmissível que tornem o clube refém de Alberto João Jardim». Critica ainda a «alienação do património regional», impedindo que clubes e associações fiquem impedidas de utilizar o espaço.

Alberto João Jardim, presidente do Governo regional, contesta nestes termos, citado pela Lusa: «Acho porco estarem a travar as obras do estádio e a prejudicar o Marítimo e a Madeira. O processo do Estádio dos Barreiros é legal e foi elaborado pelas maiores trutas do direito administrativo português.»