João Abel, que fazia parte da equipa técnica de Juca, vai orientar a equipa do Marítimo, pelo menos enquanto o clube não optar por outra solução. Essa foi a ideia defendida por Carlos Pereira, presidente do clube madeirense, em conferência de imprensa.
«O nosso treinador chama-se João Abel. É com ele que estamos a contar. Nesta fase vai ter a ajuda de outros elementos», explicou Carlos Pereira, depois de João Abel já ter orientado o treino matinal, e evitando comentar nomes de técnicos que possam interessar ao Marítimo: «Só pensamos em João Abel, até à altura em que possamos achar ou não oportuno encontrar outra solução. A pressa é inimiga da perfeição e da tesouraria.»
Carlos Pereira falou depois dos motivos que levaram ao afastamento de Juca, que vai manter-se no clube, tal como o adjunto Nelson Caldeira, mas noutras funções. «O futebol vive de resultados, uns são conseguidos, ouros não. Achámos por bem neste momento, para se conseguir estabilidade e atingirmos os objectivos propostos, suspender as funções do Juca e do Nelson Caldeira da liderança da equipa técnica», afirmou: «O que faltou foram os pontos. Analisámos a situação, antes e depois do jogo com o Penafiel, achámos que não tínhamos pontos suficientes e acordámos a suspensão do Juca.»
Em dia de 95º aniversário do clube, e depois de se terem cantado os «Parabéns a você» e apagado as velas no treino, o dirigente apresentou-se na conferência de imprensa vestindo a camisola 12. «Sou mais um adepto, mas com responsabilidade de gestão», justificou-se Carlos Pereira, deixando ainda no ar a ideia de que concorda com as críticas de vários adeptos ao facto de a equipa ter jogado sem ponta-de-lança frente ao Penafiel: «É a análise da massa associativa. Eu estou com o nº12, também sou um adepto¿»