O regresso de Carvalhal aos Barreiros não foi feliz. O Sporting perdeu e disse adeus ao título, agora confirmado em termos matemáticos. Depois, quebrou uma série de cinco jogos sem perder. O Marítimo ainda pode continuar a sonhar com a Europa.
No regresso aos Barreiros, Carlos Carvalhal mostrou respeito pela sua ex-equipa ao apresentar um onze onde não figurava nem Pereirinha nem Matias Fernandez. O técnico leonino lançou João Pereira como médio direito e Adrien como «10» num 4x1x3x2. O Marítimo apostou num 4x2x3x1 e com Tchô a titular, ele que só tinha jogado ainda 28 minutos na Liga, sendo um dos reforços de Inverno. Outra aposta de Van der Gaag foi a colocação de Taka ao lado de Rafael Miranda deixando Diakité no banco.
Os lisboetas não conseguiam jogar, nem criar qualquer perigo para a baliza de Peçanha. Foram sempre os madeirenses a atacar mais, embora sem grande qualidade também, diga-se. Até que, aos 17 minutos, quando nada o fazia prever, os locais chegaram ao golo, num lance de contra-ataque e que começou em Peçanha. O guarda-redes ganhou a bola num canto e de imediato lançou para Djalma, que foi por ali fora e assistiu Tchô (talvez ligeiramente adiantado), que à saída de Patrício bateu rasteiro e fez o 1-0.
Sem conseguir reagir, os pupilos de Carvalhal aproveitaram uma falha de Alonso que perdeu a bola para Liedson e este lançou Djaló que de imediato cruzou para o lado oposto (esquerda), onde surgiu João Pereira a antecipar-se a João Guilherme e a bater Peçanha. Estava feita a igualdade aos 36 minutos.
Os verde-rubros acusaram o lance. E no minuto seguinte, num contra-ataque iniciado por Pedro Mendes, Liedson esteve perto de marcar, mas falhou o chapéu a Peçanha. Ainda a dar mais Sporting, Djaló rematou fraco na zona central aos 39 minutos, mas à figura de Peçanha. Até ao intervalo, ficou-se por aqui quanto a futebol. Pobre, diga-se.
Técnicos mexem ao intervalo
No intervalo, os dois treinadores decidiram arriscar. Carvalhal retirou Abel e lançou Matias Fernandez, enquanto Gaag fez sair Taka e lançou mais um ponta-de-lança: Baba. E seria este a lançar Kléber aos 48 minutos, mas Patrício, atento, saiu da baliza a agarrou anulando um lance muito perigoso.
Querendo provar a Gaag que não se enganou na aposta feita, Baba aos 52 minutos rematou forte e a bola desviou em Grimi e quase traiu Patrício.
Só aos 62 minutos, o jogo voltou a ter alguma emoção. Rafael Miranda recuperou uma bola e passou dois adversários mas depois surgiu Kléber e este nem rematou, nem deixou o seu companheiro rematar. Foi de novo o Marítimo a causar perigo num remate forte de Alonso, aos 69 minutos, com a bola a passar muito perto da baliza sportinguista.
Pongolle marca no lado errado e Pitbull acaba com o jogo
Quando já poucos acreditavam que o resultado iria sofrer alteração, Pongolle marcou no lado errado (82). Paulo Jorge marcou um canto na direita e João Guilherme cabeceou com a bola a desviar em Pongolle e traindo Patrício. Gaag tinha retirado Tchô e lançado Pitbull e ganhou a aposta ao manter a sua equipa em níveis mais ofensivos.
Pereirinha esteve perto de empatar, mas o seu cruzamento/remate ao minuto 86 saiu ao lado e não surgiu ninguém a desviar para dentro da baliza maritimista. E os leões caíram por completo já em tempo de descontos com um grande golo de Pitbull que tinha acabado de entrar: um «tiraço» e a bola ainda bateu no poste.
Diakité que também entrou já em tempo de descontos cometeu uma grande penalidade sobre Pongolle que o próprio se encarregou de transformar.
Foi um ponto final numa exibição muito pobre do Sporting que quebrou, também, uma série de cinco jogos sem perder.