Perfeitamente identificado com a cidade e o clube, são motivos mais que suficientes para o central Maurício desejar continuar ao serviço do Olhanense. Já houve uma primeira abordagem entre direcção e jogador com vista à continuidade, mas, até ao momento, não passa disso mesmo.

«Só tivemos uma conversa, mas ainda não chegámos a detalhes. Mas estou tranquilo e procuro fazer o meu trabalho», adiantou Maurício, nesta terça-feira, que, para já, não tem dado importância a outras abordagens: «Conversas há muitas, mas eu tenho um compromisso com o Olhanense e estou focado em ajudar o clube. O futuro a Deus pertence, tenho feito o meu trabalho e espero ser recompensado. Se for possível continuar no Olhanense será muito bom, adoraria, porque é um clube com o qual me identifico bastante.»

Depois dos números (4-0) inesperados da última derrota, na Madeira, com o Marítimo, os jogadores do Olhanense estão preparados para limpar a imagem neste domingo (20h15m) frente ao Sp. Braga. «Vai ser um jogo muito complicado contra uma equipa bem qualificada e que tem estado em bom plano nas competições europeias. Temos de mostrar a força que temos tido em casa. Gostaríamos que o encontro fosse já amanhã para apagar a imagem do último jogo, e nada melhor do que o fazer contra uma boa equipa», perspectivou o central, que acredita que a derrota não vai abalar o grupo: «Quando ganhamos também não somos a melhor equipa do campeonato.»

Mais viável que o sonho europeu (o Olhanense é 11º classificado, com 28 pontos) é fazer melhor que na pretérita temporada, onde um ponto chega para igualar o registo. «O que sempre foi dito era que teríamos de fazer melhor que na última época. Não olhamos por aí, que nos falta um ponto. Temos um calendário que nos favorece e queremos fazer o máximo possível de pontos, para alcançar uma classificação de acordo com o que temos feito, pois não estamos satisfeitos com a que temos actualmente», defendeu.

Maurício iniciou a época com Jardel a seu lado. Com a saída do companheiro para o Benfica tem tido a companhia de Mexer e André Micael. Uma mudança a necessitar de tempo para ter melhor rentabilidade. «É lógico que altera sempre qualquer coisa porque cada um tem o seu estilo. O Jardel é um grande jogador, tal como o Mexer e o André Micael. Só que já havia rotinas com o Jardel, porque comecei com ele desde a pré-época e sabíamos todas as movimentações que tinham de ser feitas. Jogando meia época juntos criam-se rotinas e estas alterações mudam a maneira de jogar, temos de ganhar entrosamento. Mas, jogue quem jogar, dá sempre o melhor em prol do Olhanense», defendeu Maurício.