Pode ser a posição que menos vagas tem disponível numa equipa inicial - à excepção dos guarda-redes, obviamente - mas não deixa de ser mesmo assim a que mais tempo, investimento e esforço toma aos dirigentes. Fala-se, claro, de avançados. Por equipa, normalmente, cabem dois avançados, três no máximo, mas os jogadores para a posição mais adiantada são os mais procurados. Foram-no mais uma vez no período de mercado que hoje encerrou.
Toda a gente procura uma descoberta fabulosa. É um pouco como nos jogos da fortuna, quanto maior for a aposta maior é a probabilidade de sucesso. Este período de transferência os clubes contrataram 164 jogadores. Destes 59 são avançados. O que dá qualquer coisa como 35 por cento dos jogadores contratados. Logo a seguir vêm os médios, 46 jogadores, defesas e os médios, com 45 elementos novos para cada sector. Por fim os guarda-redes, apenas quinze.
Neste particular o E. Amadora foi o maior requisitante. A formação da Reboleira contratou sete novos avançados (Cleiton, Tarcício, Jones, Paulo Sérgio, Moses, Manuel Curto e Dário), contra seis atacantes do Nacional da Madeira (Luciano, Rodrigo Silva, José Rui, Cássio, José Vítor e Adriano) e da Académica (Dame N¿Doye, Miguel Pedro, Hélder Barbosa, Raul Estevez, Nestor Alvarez e Gyano. Do lado oposto posicionou-se o P. Ferreira. Contratou um avançado (Paiva), que até uma promoção dos juniores.
Grandes contratam pelo meio-termo
Os três grandes ficaram pelo meio-termo. F.C. Porto (Tarik, Vieirinha e Postiga, estes dois últimos de regresso após empréstimo), Benfica (Paulo Jorge, Manú e Fonseca) e Sporting (Djaló, após empréstimo, Bueno e Alecsandro) contrataram três avançados cada. Os grandes não se destacaram pelo número de contratações, de resto. Desta vez preferiram ser ponderados. O F.C. Porto, por exemplo, só contratou um médio (Diogo Valente) e três defesas (Fucile, João Paulo e Ezequias). O Benfica, por outro lado, contratou três médios (Rui Costa, Diego e Katsouranis) e apenas um defesa (Miguelito). O Sporting, finalmente, contratou dois médios (Fanrerud e Paredes), dois defesas (Ronny e Miguel Veloso) e um guarda-redes (Rui Patrício). Ao todo o F.C. Porto contratou sete atletas, o Benfica também sete e o Sporting um pouco mais, oito reforços.
Defesas e médios por conta igual
Ligeiramente abaixo dos avançados vêm as outras posições de campo. Praticamente pelo mesmo número. Contratou-se, ainda assim, mais defesas do que médios, 45 contra 44, respectivamente. Para o sector defensivo, o E. Amadora foi mais uma vez o campeão. A formação da Reboleira adquiriu sete defesas (José Fonte, Paulo César, Wescley, Edu Silva, Rui Duarte e Tiago), tantos quantos a Naval (Paulão, Mário Sérgio, Orestes, Tony, Éder Silva, Valdir e Gaúcho). No meio-campo o E. Amadora é mais uma vez o clube que contratou mais gente. Oito médios ao todo. Sérgio Marquês, Saavedra, Castro, Júnior, Jaime, Tiago Gomes, Marco Paulo e Luís Loureiro. António Oliveira, o presidente do clube, só não foi o mais comprador para a baliza. Aí os clubes que mais investiram foram o Beira Mar (Danrlei e Todorov) e a U. Leiria (Bruno Vale e Alemão).