Ponto prévio: nas contas que a seguir se apresentam estão considerados apenas quinze clubes. Devido ao litígio que opõe Gil Vicente e Belenenses, e às dúvidas que ainda existem sobre qual deles jogará na Liga, o Maisfutebol acabou por não inserir nenhum deles nas contas que a seguir se apresentam. Apresentada esta reserva, pode avançar-se para os números.
O primeiro dos quais tem de sublinhar que houve durante este período de mercado 165 aquisições: 168 novos jogadores nos quinze clubes considerados, sendo que por aquisições se contabilizaram as contratações, as promoções de juniores e os regressos após empréstimo. No fundo todas as caras novas dos respectivos plantéis, relativamente ao final da época passada.
Os clubes mais investidores, a posição mais procurada...
Nos textos que se seguem pode perceber um pouco melhor as tendências que orientaram os clubes na procura do reforço dos respectivos plantéis. Pode perceber, por exemplo, que o E. Amadora foi o clube que mais contratou, 22 jogadores ao todo. A Académica foi o clube que mais se lhe aproximou, mas mesmo assim ainda ficou muito longe. A Briosa contratou ao todo 15 jogadores, menos seis que a formação da Reboleira.
Para além disso pode perceber ainda que os clubes procuram sobretudo avançados. Apesar de ser o sector em campo, à excepção do guarda-redes, que menos jogadores pode ter por encontro (dois, três no máximo), os clubes continuam a preferir atacantes, procurando uma descoberta fabulosa. Nesse sentido contrataram-se 60 atacantes, contra 46 médios e 45 defesas. Guarda-redes foram apenas 16.
... os países mais representados e um olhar financeiro
Dividindo as contratações por nacionalidades, Portugal consegue apesar de tudo ser o país que mais jogadores movimenta no seu próprio campeonato (66 lusos), mas seguido muito de perto do Brasil, que neste mercado representou 58 contratações. O que diz bem da influência canarinha na Liga nacional. As restantes nacionalidades todas juntas, de resto, contabilizam apenas 34 jogadores. Sintomático, portanto.
O trabalho que a seguir se apresenta permite ainda um olhar sobre os números movimentados durante a principal fase de mercado do ano. Os três grandes, com toda a naturalidade, aliás, somam a grande fatia do dinheiro investido em novos jogadores. Numa fase de recessão, de resto, também eles não deixaram de procurar as contratações sem custo, muitas vezes por empréstimo. O Benfica foi o único que não entrou por aí.
Contabilizados neste trabalho estão já as inscrições de última hora: Fucile (F.C. Porto), Zaini (Boavista), Dedé (Beira Mar), Júnior e Jaime (E. Amadora), João Ribeiro (Naval), Dame N¿Doye (Académica) e Bruno Amaro (Nacional).