Dez anos para o dez. Dez anos do «Pé de Deus» em Barcelona, onde chegou com apenas 13 anos. Lionel Messi, pois claro. La Pulga, reencarnação de Maradona, não passou a infância em Villa Fiorito, não cresceu no Argentino Juniors, mas tem o mesmo toque do Pelusa. Há uma década que os catalães o sabem. E o Porto também é privilegiado neste conto.

17 de Setembro de 2000 marca o início de uma nova História. Nesse dia, Lionel Messi chegou ao aeroporto El Prat, em Barcelona. O argentino tinha 13 anos. Um guardanapo serviu de primeiro contrato, pois Carles Rexach não quis, de modo nenhum, deixar fugir Messi. Pegou no pedaço mais à mão e rubricou o futuro do argentino. Mesmo se a direcção não concordava (Messi tinha um problema de crescimento e era preciso pagar o tratamento).

«Yo, Charly Rexach, en presencia de Horacio Gaggioli [representante de la empresa Marka y que actuó en nombre de la familia Messi] y Josep Maria Minguella, me comprometo a la contratación de Lionel Messi en las condiciones pactadas y a pesar de la contra interna que existe en el club.» O guardanapo e o texto valeram milhões...

«No primeiro jogo, entre os infantis A e os B fez cinco golos e atirou duas vezes à barra», recordou à Horacio Gaggioli, colaborador de um tal de Josep María Minguella, catalão que foi decisivo na contratação de Messi, catalão que já trabalhava com o Barça desde a década de 70. O primeiro jogador que levou para a Catalunha? Diego Armando Maradona. «El Pibe» e «La Pulga» têm os destinos cruzados...

Aos 16 anos, Lionel Messi estreou-se pela equipa principal do Barcelona. Não foi uma estreia qualquer, apesar dos 16 minutos em campo. Foi apadrinhado por José Mourinho e um F.C. Porto que viria a ser campeão europeu. Estávamos em Novembro de 2003, como pode recordar, no dia de inauguração do Dragão.

A partir daí, o Mundo abriu a boca de espanto. Messi deslumbrou, Messi ganhou, Messi tocou o céu, Messi chegou onde parecia impossível: a Maradona. Os golos ao Getafe e ao Espanhol foram cópias perfeitas dos golos de «El Pibe» à Inglaterra.

Dez anos de «gambetas» e «gols», uma década de troféus. Um «Pé de Deus» para juntar à «Mano de Dios» de Maradona.

Veja as cópias perfeitas de Messi