Os dados médicos do campeão olímpico Mo Farah vão ser analisados por causa da acusações de prática de doping que recaem sobre o treinador, Alberto Salazar, anunciou o presidente da associação britânica de atletismo (British Athletics), Ed Warner.
 
«Tudo o que diga respeito a tratamentos médicos do atleta, como suplementos, dados sanguíneos, vai ser analisado. Temos que ter a certeza de que não nos escapou nada», frisou o responsável.
 
Alberto Salazar, antigo maratonista norte-americano e treinador, é acusado de ter encorajado o doping de Galen Rupp, actual vice-campeão olímpico dos 10.000 metros. Segundo um documentário, apresentado pelo Panorama BBC, Salazar, de 56 anos, terá levado Rupp a dopar-se desde 2012, quando o atleta tinha apenas 16 anos, com medicação proibida à base de testosterona.
 
Depois de o documentário ter sido transmitido, tanto Salazar como Rupp, negaram as acusações.
 
Sobre Mo Farah, campeão mundial e olímpico dos 5.000 e 10.000 metros, não recaem acusações e o atleta disse no sábado que vai continuar a trabalhar com Alberto Salazar.
 
«Não vou deixar o Alberto, porque não vi qualquer evidência clara [de uso de doping]. Falei com ele [na sexta-feira à noite], peguei no telefone e perguntei-lhe: Alberto, o que se passa?. Ele disse-me: Mo, posso provar-te que isto são apenas alegações, vou mostrar-te provas. E eu disse ok», disse o britânico, em conferência de imprensa.