O julgamento de Oscar Pistorius, acusado do assassino da namorada Reeva Steenkamp, prosseguiu esta segunda-feira em Pretória, com a defesa a entrar em ação, depois de terminada a fase de acusação com a revelação de comprometedoras mensagens telefónicas entre o atleta e a antiga modelo.

A primeira testemunha da defesa de Pistorius foi o patologista Jan Botha que fez uma descrição dos ferimentos que Steenkamp sofreu quando Pistorius disparou sobre ela, numa audiência que contou a com a presença da mãe da vítima, June Steenkamp. Pistorius colocou a cabeça entre as mãos quando o médico revelou que um dos tiros iria obrigar a «uma amputação traumática do braço» da modelo e que ela  acabou por «morrer de forma quase instantânea quando foi atingida na cabeça».

A defesa vai chamar entre 14 a 17 testemunhas e Pistorius será o segundo a testemunhar nesta lista, segundo revelou o líder da equipa de defesa do atleta, Barry Roux. O primeiro, como já referimos, foi o patologista Botha, que antecipou o seu testemunho por razões familiares, quebrando a tradição dos tribunais sul-africanos de ouvir primeiro o acusado.

A fase de acusação terminou a 25 de março depois de terem sido ouvidas 21 testemunhas. Pistorius admite que matou Reeva Steenkamp com quatro tiros através da porta da casa de banho, a 14 de fevereiro de 2013, mas garante que confundiu a namorada com um ladrão. Três dos tiros atingiram a vítima e o último terá sido fatal.

O julgamento deverá prosseguir até meados de maio.