José Mourinho está, decididamente, em rota de colisão com os responsáveis do Chelsea, com Roman Abramovich à cabeça. Numa altura em que as divergências são cada vez mais públicas, o técnico voltou a afirmar que se sente limitado nas opções, dando a entender que a política desportiva do clube não tem em conta as suas necessidades imediatas.
Numa altura em que os media britânicos afirmam com insistência a sua saída do clube no final da temporada, Mourinho veio agora afirmar que não se sente tão afortunado como outros managers da Premier League: «Não tenho a mesma sorte de outros, porque não tenho nas reservas defesas com qualidade e prontos a jogar pela primeira equipa. Basta olhar para outras equipas, como o Newcastle, para perceber que eles têm respostas diferentes das nossas. Os nossos defesas da equipa de reservas ou são demasiado jovens ou não têm qualidade para este nível», afirmou em declarações reproduzidas pela Sky Sports.
As queixas de Mourinho são interpretadas pelos ingleses como o assumir de um braço-de-ferro que tem como um dos protagonistas o dinamarquês Frank Arnesen, nomeado por Abramovich como responsável pelo departamento de formação, mas cuja influência no clube e na política de contratações tem vindo a crescer. Ainda assim, Mourinho acredita que a equipa continua na corrida pelo terceiro título consecutivo: «A situação foi complicada mas nós estamos vivos. É uma questão de sobrevivência que parece nunca mais acabar. Sim, temos problemas, mas a chave nesta altura é sobreviver e esperar qe a situação da equipa melhore. E temos feito isso bem», conclui o técnico português, que continua sem poder contar com John Terry e Khalid Boulahrouz no centro da defesa e espera ainda pelo regresso à competição do guarda-redes Petr Cech.
Numa altura em que a sua saída do Chelsea em Junho é apontada como provável, o Real Madrid e o Inter são os clubes mais referidos como possíveis destinos do técnico português.