«A ideia é que ao longo do espectáculo pelo desenho de luz, pela cenografia escolhida, ir contando ao público a minha história e o público ir percebendo meu desenvolvimento como fadista», disse a fadista.
«Parti da ideia de fazer um caminho pela noite, que é o meu ambiente de trabalho e levar o público até ao clarear», acrescentou.
Para este espectáculo nos Coliseus Ana Moura, que este ano conquistou o Prémio Amália Rodrigues para a Melhor Intérprete, convidou «dois nomes essenciais e de referência» para si: Maria da Fé, responsável pelo seu lançamento e Beatriz da Conceição.
«São duas senhoras que me inspiram, que são uma referência para mim e com quem me encontro depois de uma noite de fados», afirmou a criadora de «Búzios» (Jorge Fernando).
As duas fadistas foram também já distinguidas com Prémios Amália, Maria da Fé em 2006 como Melhor Intérprete e Beatriz da Conceição este ano com o Prémio Carreira.
Refira-se que Maria da Fé foi «a responsável» pela entrada de Ana Moura no mundo do fado, quando estava em vésperas de gravar um disco com a sua banda de pop/rock.
Afirma ter sido «opção certa» tanto mais que «apesar de cantar outras músicas, sentia o apelo do fado e cantava».
Ana Moura começou a cantar na casa de fados «Senhor Vinho» de Maria da Fé e do seu marido, o poeta José Luís Gordo.
Outro convidado especial para estas duas noites é o músico, compositor e intérprete Jorge Fernando que tem produzido todos os álbuns de Ana Moura.
«O Jorge é a pessoa em quem me apoio, que me estimula e que sempre acreditou em mim, há entre nós uma grande cumplicidade», salientou.
Nestes dois concertos, a fadista irá já interpretar um novo fado que incluirá no seu próximo álbum cuja data de saída «é ainda segredo».
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