Um jogo importante teria de ter uma casa cheia. Mas na Choupana não há direito a borlas só para ter as bancadas repletas na quinta-feira, frente ao At. Bilbau. O presidente explica o porquê desta opção, na qual os sócios terão de pagar 10 euros para assistir à partida: «O Nacional tem crescido em termos de assistências ao longo dos anos e quando tínhamos só uma bancada também estava sempre cheia», disse Rui Alves.
«Face ao quadro actual que o nosso povo vive, não estou descontente com o que se tem vindo a passar. Temos tido sempre um calor necessário que é importante para as vitórias. Sou crítico a ir buscar sócios de uma forma má em termos pedagógicos ao nível do crescimento do clube que é criar borlas. É a pior coisa que se pode fazer. Constrói-se a casa das pessoas mas não só de presença, mas sim aquilo que o clube necessita. Não é justo dar borlas a uns enquanto há outros que pagam».
Sobre a actual pontuação do seu clube na Liga Europa, o presidente alvinegro admitiu que esperava ter mais pontos. «Penso que estava à espera de ter mais pontos. Mesmo sendo uma primeira participação, os resultados tangenciais e as exibições feitas justificariam mais pontos. Isso é evidente para toda a comunicação social, mesmo a que é contra nós», afirmou.
«At. Bilbau é jogo decisivo na Liga Europa»
O presidente Rui Alves esteve esta quarta-feira na assinatura de renovação de contrato com a Empresa de Cervejas da Madeira para os próximos três anos, o que permite continuar com a sponsarização daquela empresa que é líder de mercado na sua área. Para além desse acordo, o líder do Nacional falou também sobre o embate com os bascos do Bilbau.
«É sem dúvida um jogo decisivo na esperança de continuar a acreditar que é possível passar à fase seguinte. Outro resultado que não a vitória não nos torna possível continuar a sonhar», disse.
Depois, confirmou que os atletas sabem que terão um prémio extra se o apuramento acontecer: «Os jogadores sabem quais são os prémios já definidos e sabem também que se passarmos à fase seguinte têm um prémio acumulado. Há uma dupla motivação para este jogo, no sentido que não vamos já ganhar nada mas ficamos ainda com a esperança de continuar na prova. Embora o hábito de premiar o jogo não seja o correcto para o profissionalismo que se pretende. Mas a usos e costumes não podemos fugir».