O piloto Tiago Monteiro estava no Bahrein, onde se preparava para acompanhar o arranque da época de GP2, quando foi declarado estado de emergência no país devido aos protestos contra o regime do rei Hamad bin Issa al-Khalifa (sunita).

A prova foi cancelada e Tiago Monteiro e outros elementos da equipa correram para o aeroporto para, literalmente, fugir do país. Auxiliado pelo governo local, o marido de Diana Pereira conseguiu alterar a data da viagem para regressar o mais breve possível a Portugal.

«Foi complicado chegar ao aeroporto. As autoridades aconselharam todos os estrangeiros a sair do país, de forma que todas as pessoas foram para o aeroporto o que complicou a saída do país. Para além disso, havia protestos e estradas bloqueadas o que tornou o percurso um pouco mais demorado», contou o piloto à Lux, acrescentando que o tempo de espera era de 7 a 8 horas.

Com o país transformado «num caos», Tiago Monteiro afirma, contudo, que não correu «perigo de vida», e conta que «a maior dificuldade foi mesmo tomar a decisão de regressar a Portugal visto que hoje tudo podia acalmar».

«O país está numa situação complicada. Hoje pode acalmar tudo ou então explodir. Não se sabe o que vai acontecer», acrescentou.

Apesar da situação complicada que se vive no aeroporto da capital do Bahrein, Tiago Monteiro conseguiu embarcar cerca das 2 horas e chegou hoje de manhã a Portugal, encontrando-se são e salvo, em casa, junto da família.

Diana Pereira respira de alívio por ter o marido e pai dos filhos, Mel e Noah, junto de si. «Graças a Deus já está aqui ao pé de mim, ao pé de nós...», partilhou sem esconder a ansiedade que sentira nas últimas 24 horas.

Recorde-se que os protestos anti-regime foram alvo de uma reação das forças de segurança, que irromperam violentamente pela Praça Pérola na madrugada de quinta-feira, atacando de surpresa os manifestantes que se mantinham acampados no centro da capital, Manamá.

Notícia atualizada às 14h48