Diego Ângelo é dos jogadores mais valiosos do plantel da Naval e tem a particularidade de, apesar de ser central, fazer golos com alguma frequência, através de livres, que executa com força e colocação, ou tirando partido da elevada estatura. Mas tem outra peculiaridade: dá-se bem quando a Naval equipa de branco.
Das quatros vezes em que os navalistas jogaram desta cor, estreou-se frente ao Nacional, e nas outras três, diante de Sporting, Marítimo e Paços de Ferreira, marcou ajudando a conquistar quatro pontos para a sua equipa.
O brasileiro já tinha reparado na feliz coincidência, até porque bateu esta época o seu recorde de remates certeiros, mas garante que não liga a estes acasos. «Já tinha comentado com o Paulão e até brinquei, dizendo que agora temos de jogar sempre de branco, para ver se continuo a fazer golos! Confesso que não sou supersticioso. É uma casualidade, nada mais», explica ao Maisfutebol, relevando que aquele golo, ao Paços, foi dedicado ao colega de sector, por atravessar problemas familiares.
A capacidade goleadora, sobretudo através de livres, só se desenvolveu porque sempre trabalhou bastante esses lances, mormente quando estava no Brasil. «Aqui até não tenho treinado muito, mas acredito que só com muito trabalho é que podemos melhorar as nossas capacidades», advoga, sem dar importância ao facto de ter, indirectamente, ajudado a U. Leiria a driblar, por mais uma semana, a descida de divisão: «Não me preocupo com as outras equipas. O que faço é pela Naval, o resto é apenas uma consequência.»
Amigo de Pitbull desde os tempos do Santos
Diego Ângelo formou-se num dos grandes clubes do Brasil, o Santos, de Pelé, mas não teve hipótese de se afirmou quando chegou a sénior, devido à forte concorrência. Desses tempos, recorda a amizade com Cláudio Pitbull, que veio reencontrar em Portugal. «Estivemos juntos na última passagem do ano, na sua casa, no Porto. É um grande amigo, que já defrontei duas vezes esta época. Perdi uma e ganhei outra», recorda.
Saulo em dúvida até sábado
A utilização de Saulo é a grande incógnita da Naval para o encontro com o Boavista, no próximo domingo. O avançado é o único jogador em recuperação e vai trabalhando de forma condicionada. O departamento clínico dos figueirenses só irá pronunciar-se sobre a disponibilidade do brasileiro no sábado, véspera da partida.
Se não há mais problemas com as lesões, há, todavia, dois atletas impedidos de jogar devido a castigo: China e Elivelton. Igor deverá ser o substituo natural do primeiro, tendo, assim, oportunidade de enfrentar a equipa pela qual foi formado, enquanto Delfim, cumprido o jogo de suspensão, estará de regresso ao meio-campo.