Esperar que Benfica e F.C. Porto se entendessem e percebessem que antes de um clássico como o de domingo seria bom apelar à tranqulidade é o mesmo que ter esperança num acordo entre José Sócrates e Passos Coelho que ponha o país primeiro.

Ou seja, algo próprio apenas para quem acredita em milagres.

No entanto, se era previsível que Pinto da Costa e Vieira não dessem um passo no sentido de retirar pressão ao clássico, confesso que durante uns dias achei que seria possível não ver pessoas dos dois clubes regar com gasolina uma fogueira já bastante acesa.

Os comunicados e contra-comunicados produzem apenas um efeito, péssimo e perigoso: incendiar. Por mim, recuso perder tempo a avaliar se Benfica ou F.C. Porto têm, de alguma maneira remota, razão. Até porque os dirigentes de ambos os clubes há muito que a perderam. Infelizmente.