O Rio Ave conseguiu vencer pela primeira vez fora neste campeonato num estádio talismã. E, tal como na última temporada, no empate a dois golos, Yazalde e João Tomás voltaram a marcar. Em três jogos em Olhão, os vila-condenses nunca perderam.

No futebol, todos os minutos são bons para se marcarem golos. Mas há uns melhores que outros. E em que bons momentos marcou o Rio Ave: no primeiro e no último minuto da primeira parte. Tal como na época passada, Yazalde e João Tomás voltaram a festejar.

O golo de Yazalde obtido no primeiro minuto na sequência de um canto, perturbou a equipa do Olhanense, que andou meia hora à nora. Teve posse de bola mas não conseguia circular, muito menos se aproximou da baliza de Huanderson. Os vila-condenses exerceram grande pressão sobre o portador da bola dos algarvios, cortando-lhes linhas de passe, originando muitas perdas de bola.

Sempre mais serena, a equipa de Carlos Brito desperdiçou por Yazalde (9m) soberana oportunidade para elevar a contagem, assistindo-se depois a um período de distanciamento das duas equipas em relação às balizas, estado, de resto, adquirido pelos algarvios desde o início do jogo.

Perto da meia hora, um remate de Salvador Agra à entrada da área, que Huanderson defendeu a custo para canto, despertou a equipa de Sérgio Conceição. À maior posse de bola os algarvios começaram a descobrir linhas de passe e juntaram boas situações para empatar, especialmente aos 40 minutos, por Ismaily, e aos 41, por Yontcha.

E seria contra a corrente, que o Rio Ave ampliaria a vantagem, com a cabeça de João Tomás a desviar uma assistência de Yazalde. A um minuto do intervalo, num daqueles momentos importantes para se marcar. Para mais neste caso, que ampliou a vantagem da sua equipa depois do assédio algarvio.

Ao intervalo, Sérgio Conceição deixou Vasco Fernandes nos balneários e apostou em Toy, recuando Salvador Agra para lateral direito. Mas foram idênticos os minutos iniciais do recomeço, tantas foram as dificuldades dos algarvios em encontrar espaço no meio-campo e ataque. E, tal como no início, foi preciso a equipa aquecer para reentrar na partida.

O mote foi dado por Wilson Eduardo, aos 62 minutos, que, isolado, permitiu a defesa de Huanderson. Mas o lance foi despertador para os locais, que até final aumentaram a pressão ofensiva e construíram oportunidades para marcar, salientando-se neste aspecto aquelas protagonizadas por Toy (63m), que falhou quando tinha a baliza aberta, e por Rui Duarte (72m), que fez Huanderson brilhar num livre directo.

O Olhanense insistiu até final, mas foi sempre inconsequente no último terço e, por isso, mesmo incapaz sequer de amenizar a derrota, como aconteceu com Yontcha, já nos descontos, que falhou de baliza aberta.