O Sp. Braga encostou-se ao Sporting na luta pelo terceiro lugar da classificação, ao vencer o Olhanense, em jogo em atraso da 23ª jornada. Alan marcou os dois golos dos minhotos, que prolongaram a agonia dos algarvios, que não vencem há seis jornadas. E já não marcam um golo há quatro.

Foram loucos os primeiros minutos, principalmente até o Sp. Braga colocar-se em vantagem, aos 13, por Alan. Esperada, até porque foram os minhotos que mais perto estiveram de marcar, com dois desperdícios de Lima (4), anulado por defesa de Ricardo Baptista, e Ukra (10), com um desvio de cabeça ao segundo poste, que levou a bola a passar próximo do poste direito da baliza do Olhanense, que, aos 7 minutos, também teve uma oportunidade para se colocar em vantagem, por Paulo Sérgio, num remate á entrada da área, que Artur Moraes desviou de forma exemplar para canto. Na terceira oportunidade, Alan não perdoou.

Sempre mais sereno e confiante, ao Sp. Braga saía bem o futebol apoiado emanado a preceito dos pés de Vandinho e Hugo Viana, que, em ataque, libertava-se do capitão, avançando no terreno e transformando o 4x2x3x1 dos minhotos em 4x1x4x1, bem povoado no último terço, com Paulo César a encostar muitas vezes a Lima, e sempre bem apoiados por Alan e Ukra, nos extremos. E havia sempre liberdade a mais para estes dois jogadores, como foi visível na finalização do brasileiro, numa assistência do jogador emprestado pelo FC Porto. Alan, na direita, apareceu sem marcação e com todo o tempo do mundo para marcar sem dificuldade.

O Olhanense fez os possíveis por responder ao melhor jogo explanado pelo adversário, mas Dady passou a primeira parte órfão no ataque, de uma equipa que ofensivamente foi sobrevivendo á custa das iniciativas de Paulo Sérgio. Que foram poucas.

Em vantagem, o ego dos arsenalistas aumentou e houve um natural arrefecimento no ritmo do jogo, com reflexo na diminuição das jogadas de perigo nas duas balizas. E até foram os minhotos que mais perto estiveram de marcar, num canto (37¿) evitado por Ricardo Baptista no solo e junto á base do poste esquerdo.

Vira o disco e toca o mesmo

No intervalo, Daúto Faquirá prescindiu de Carlos Fernandes, fazendo entrar Cadú, que foi ocupar a posição de Ismaily (que recuou para defesa-esquerdo) no meio-campo. Mas sem resultados práticos nem vislumbráveis nos primeiros minutos, de absoluto controlo visitante, que continuou a assediar a baliza de Ricardo Baptista. E com Káká a falhar boa ocasião para ampliar a vantagem (53), em nova evidência dos erros cometidos pelo Olhanense até então e que já lhe custara um golo: liberdade a mais em bolas ao segundo poste.

E quando Dady, o ponta-de-lança do Olhanense faz o primeiro remate à baliza aos 64 minutos, está tudo dito sobre a ausência atacante dos algarvios até então. O que certamente também não estava a agradar a Faquirá, que pouco depois aumentou a artilharia com a entrada de Djalmir. E animou a equipa. Mas só isso e foi curto. E Djalmir até acabou o jogo como guarda-redes, por via da expulsão de Ricardo Baptista, a dois minutos do fim, quando o árbitro assinalou uma alegada falta do guardião do Olhanense sobre Lima. Alan não falhou e matou definitivamente um jogo que muito prometeu no inicio mas que viria a cair de qualidade com o escoar dos minutos.