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Os desequilíbrios do plantel

Entretanto, o intenso Matic continuou sem alguém com quem rodar. Lubomir Fejsa (Olympiakos) é o último nome lançado à mesa, mas deverá implicar a saída do compatriota. Fariña, percebeu-se, não era para agora (será que será para algum momento?), e poderá apenas ser um activo (tal como Pizzi) numa visão mais empresarial que desportiva, aquela de comprar para vender mais caro e fazer aí algum dinheiro. Há André Gomes, que se espera que expluda a qualquer momento, mas não será para a posição 6. André Almeida, acredito, continuará a fazer carreira mais atrás.

O Benfica entrou na Madeira com um guarda-redes em baixa (moralmente, fisicamente?) e um suplente que, por muito respeito que lhe tenhamos, não está à altura. Há muito que Artur não é aquele keeper com classe, que fazia defesas impossíveis; é sim o que repõe mal a bola e fica mal na fotografia em alguns jogos, sobretudo de alta tensão. Ao primeiro erro, os adeptos, sabe-se, estão prontos a cair-lhe em cima.

Fala-se agora na busca por um novo guardião, a pouco mais de uma semana do fecho do mercado. Um que lhe faça realmente sombra ou roube o lugar.

Jesus, que procura um novo Fábio Coentrão desde que o internacional português saiu da Luz, como reconheceu em entrevista, entrou nos Barreiros com um «Melgarejo simplicado» ou quase. A lógica é que partiria para a aposta em Bruno Cortez uns passos à frente da feita no paraguaio. Com este, tinha sido obrigado a adaptar um avançado, mas o brasileiro já era defesa de origem, com, ressalve-se, graves e evidentes problemas a defender. Não fazendo réu do ex-São Paulo, fica de forma evidente ligado ao 2-1, tal como «Melga» carregou o peso do empate com o Braga, na primeiro jornada do último campeonato.

MELGAREJO está no plantel até ver, mas Jesus há muito que desistiu dele. Terá percebido que este nunca chegaria ao nível que idealizou para ele, em Istambul, com o cabeceamento desnecessário que abriu o caminho da vitória ao Fenerbahçe, na primeira mão das meias-finais da Liga Europa. Voltaria ainda a jogar frente ao Estoril e na final da Liga Europa, mas em Amesterdão não havia Maxi, por castigo, e André Almeida teve de jogar na direita.

Há SÍLVIO, mas para já parte atrás. Porque Jesus decidiu, acredito, antes mesmo do primeiro treino que era Cortez que iria jogar.

O que parece estranho aqui é que o Benfica preferiu reforçar, pagando bem, sectores já bem preenchidos, tentando aumentar aí o nível, e não quis gastar em posição carenciadas há meses a fio, resolvendo com empréstimos.

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