Luís Miguel deixou de ser treinador do Paços de Ferreira. Bastou soar o apito final para se fazer sentir a contestação dos adeptos pacenses. «Vai-te embora», gritava-se nas bancadas da Mata Real e não foi preciso muito para que o desejo da massa associativa se concretizasse.

A crónica do último jogo de Luís Miguel

Logo após o final da partida o presidente Carlos Barbosa e o director desportivo Carlos Carneiro confirmavam aos jornalistas o destino do treinador, que no final do jogo ainda revelava a intenção de continuar. ¿Hoje vou dormir de consciência tranquila. Tenho dado tudo o que posso e não me cabe a mim falar dos destinos do clube¿, dizia Luís Miguel, que meia hora depois regressou à sala de imprensa, já na companhia do presidente Carlos Barbosa, para juntos anunciarem a rescisão por mútuo acordo.

«Quero a agradecer a este grandioso homem a hipótese que me deu de treinar o Paços de Ferreira, um clube que me vai deixar saudades. Vou-me lembrar até ao fim dos meus dias da postura do presidente e deste clube, que vai ficar para sempre no meu coração», disse o treinador, que contou com a solidariedade de Carlos Barbosa, que aproveitou a ocasião para desejar ao técnico «a melhor sorte do mundo no próximo clube onde ele possa trabalhar» e para justificar a decisão: «Os resultados não ajudaram o Luís Miguel a ter o sucesso desejado, pelo que entendemos esta solução como a melhor a tomar.»

Os destaques do P. Ferreira-Olhanense

Luís Miguel, que curiosamente é cunhado do técnico portista Vítor Pereira (também ele contestado pelos adeptos), substituiu Rui Vitória no comando técnico do Paços de Ferreira já no decorrer desta época, depois de duas épocas como técnico na Academia Aspire (no Qatar), precedidas por um trabalho desenvolvido nas camadas jovens de FC Porto e Feirense.

Fica por saber quando irá ser anunciado o próximo treinador dos «castores» e quem irá orientar o treino da próxima terça-feira na Mata Real.