Deixou de ser opção de Costinha e nunca foi titular com Calisto, mas com a lesão de Nuno Santos, que obriga a uma paragem de três semanas, Hélder Lopes deverá ter uma oportunidade de mostrar ao novo treinador o que vale.

O defesa esquerdo do Paços de Ferreira deverá ser titular no jogo de domingo frente ao Tondela, da quarta eliminatória da Taça de Portugal, um jogo com um sabor ainda mais especial por se tratar de uma equipa que Hélder Lopes representou há duas épocas.

Hélder Lopes e o irmão, Tiago Lopes, ajudaram o Tondela a subir de divisão e ambos deixaram o clube no final dessa época. Hélder para o Beira Mar, onde esteve uma época antes de ir para Paços de Ferreira, e Tiago para o Trofense, de onde saiu para o Sp. Covilhã. Agora Hélder regressa, como adversário e para defrontar alguns antigos companheiros.

«Passei lá um ano fantástico e subimos de divisão, o que ainda foi mais espetacular. Jogar contra uma equipa em que já joguei é sempre especial porque significa que vou rever amigos, mas claro que dentro de campo não há amizades», frisa. Ainda por cima numa altura em que os castores vivem momentos conturbados.

Com a equipa em último lugar no campeonato e já sem possibilidade de seguir em frente na Liga Europa, a Taça de Portugal ganha uma nova importância. «Temos de passar à próxima fase, mas claro que sabemos de antemão que vai ser um jogo complicado, contra uma boa equipa».

«Nós temos que entrar em campo a pensar em ganhar todos os jogos». E o jogo com Fiorentina para a Liga Europa? «Sabemos que é uma equipa com muito valor e jogadores de qualidade, mas a nós cabe-nos tentar vencer e honrar a camisola».

Com um novo treinador do cargo há menos de 15 dias, Hélder Lopes admite que «a equipa ainda está a assimilar os métodos» de Henrique Calisto. O jogador admite que o período de contestação a Costinha e a consequente saída do técnico também se sentiu no balneário. «Foram momentos muito difíceis e claro que não afetou só o treinador, nós sentimos isso na pele, mas o novo treinado está focado em recuperar a nossa confiança e tem sido incansável em dar-nos esse conforto», garante.

E a relação com os adeptos, já está normalizada? «Essa reconciliação passa pelos bons resultados, mas nós sabemos que eles estão connosco nos bons e nos maus momentos».