David Villa, outra vez decisivo

Mesmo quando a Espanha fica uns degraus abaixo do costume, Villa não cai com a equipa. Luta e luta sem parar. Foi dessa forma, por exemplo, que arrancou o penalty que Xabi Alonso desperdiçou à segunda; foi também dessa forma que se tornou o mais perigoso da Espanha. E foi numa insistência que voltou a ser o herói espanhol, ao marcar o único golo do jogo, o quinto de Villa no Mundial.

Iker Casillas, de novo um santo

San Iker, é como o apelidam em Espanha. Porquê? Porque na hora da aflição, o guarda-redes aparece para salvar a equipa. É assim no Real Madrid, é assim também na selecção, foi assim nesta noite. Primeiro, começou por defender a grande penalidade de Cardozo; depois, já com 1-0 no marcador, foi o guardião que impediu o golo a Lucas Barrios e a Roque Santa Cruz. É o capitão e padroeiro da equipa!

Xavi, um pouco menos do que o habitual

Deu o primeiro sinal de perigo aos 29 minutos, quando atirou forte, mas ligeiramente por cima da barra. Depois disso assumiu todo o futebol da equipa, naquele jeito de pensar o jogo e distribuir coordenadas, mas nunca foi decisivo como em outras ocasiões. Um Xavi um pouco abaixo mas que, antes da confusão dos penalties, protagonizou os dois lances mais perigosos da equipa.

Cardozo, maldito penalty

Acabou por ser grande protagonista: sofreu um penalty, assumiu a marcação do mesmo e falhou. No mesmo minuto, a Espanha teve uma grande penalidade e o Tacuara atirou-se ao chão. Foi Valdez que o foi levantar. Voltou ao jogo quando Justo Villar defendeu o remate de Xabi Alonso. Foi um dos melhores paraguaios, mas na História e na cabeça de Cardozo, vai ficar para sempre aquela defesa de Casillas, no penalty.

Valdez, sempre em todas

Grande jogo do avançado do Borussia Dortmund, um jogador cheio de velocidade e força, que corre como um doido, não dá nenhuma bola por perdida e luta até à exaustão. Chegou a marcar, mas o golo foi anulado por fora-de-jogo de Cardozo. De resto, foi o mais perigoso do Paraguai. Pareceu sair demasiado cedo.

Carlos Batres, tantos erros

O árbitro guatemalteco fartou-se de falhar, sempre em prejuízo da Espanha. Esteve bem, por exemplo, ao anular o golo de Valdez, esteve bem também ao assinalar penalty sobre Cardozo, falhou ao mandar repetir a grande penalidade de Xabi Alonso (um exagerado preciosismo) e falhou em não marcar a seguir penalty sobre Fabregas.