Numa análise mais pormenorizada sobre uma vitória que «não dá pontos mas dá prestígio e motivação», Paulo Bento destacou a primeira parte da equipa portuguesa: «Há que dar mérito a quem o tem. Durante 45 minutos, os primeiros, fomos quase perfeitos. Depois tivemos mais 35 minutos em que conseguimos manter uma intensidade muito próxima da inicial, e mais dez em que já não fomos tão fortes, por motivos vários, que têm a ver com o próprio desenrolar do jogo», sublinhou.

Escusando-se a comentar o lance do golo invalidado a Ronaldo, por intervenção de Nani, Paulo Bento apontou para uma apreciação colectiva: «O que me deixou extremamente satisfeito foi que esses jogadores e os restantes encararam o jogo e interpretaram-no da melhor maneira. E, depois, os que entraram acrescentaram algo à equipa», acrescentou.

Para quem viu o jogo de fora, a chave para bater o pé à Espanha passou pela intensidade aplicada a meio-campo na conquista da bola. Paulo Bento concorda com a ideia: «Tínhamos como ponto principal da estratégia ter a bola o mais possível e controlar a posse do adversário. Fomos inteligentes e eficazes na organização defensiva e, depois, nas saídas para ataque rápido. Tivemos várias oportunidades para fazer golo ainda na primeira parte. Na segunda, até por estarmos em vantagem, já não pressionámos tão alto, mas ainda tivemos 35 minutos mais ou menos com o mesmo rendimento. O segredo esteve sempre no nosso jogo colectivo, embora nos últimos 10 pudéssemos ter feito uma gestão um pouco diferente», concluiu.