Paulo Bento começou a conferência de imprensa que se seguiu ao Portugal-Rússia (1-0) a agradecer ao público da Luz pelo apoio durante o jogo. Depois, o selecionador elogiou o jogo inteligente da equipa, mas lembrar que a seleção ainda não ganhou nada.

«Queria deixar um agradecimento ao público que esteve aqui hoje no Estádio da Luz pelo apoio que nos transmitiu desde o início, pelo apoio nos momentos em que mais soubemos sofrer, pelo comportamento em consciência com o momento que vivíamos», disse o treinador em conferência de imprensa.

«Foi o jogo que esperávamos. Foi equilibrado, penso que nós no cômputo geral mais tempo por cima, como nos competia em função da posição que ocupávamos. Conseguimos chegar à vantagem e depois defensivamente, tendo um ou outro problema para bloquear alguma saída, fizemos também um bom jogo. Desquilibrámos muito pouco ao longo do jogo, houve apenas um momento em que permitimos uma transição ofensiva ao adversário já no final. Fizemos um jogo inteligente, consistente, que nos permite estar na luta», analisou depois, rejeitando a ideia de que a vitória dê agora mais motivação à equipa na corrida ao Mundial.

«Para mim a motivação de representar a seleção deve ser suficiente, independentemente do momentro em que estamos. Tivemos mentalidade boa. Mas há que continuar a trabalhar, não ganhámos nada também», diz.

«Seriamos pouco humildes se não pensássemos que tinhamos de melhorar. Não acho que estivesse tudo mal, como não acho agora que esteja tudo bem», insistiu mais à frente.

Portugal fica em boa posição para ser segundo lugar e não ser o pior dos nove segundos, que ficam automaticamente excluidos e não vão ao play-off, mas Paulo Bento revela que não quis fazer essas contas, como estratégia: «Não fiz contas nenhumas a esse respeito. Fazer contas com seis jornadas disputadas, em grupos em que ainda não jogaram os que estavam nos rpimeiros lugares, não quis que os jogadores nem ninguém na Federação corram esse risco de fazer contas que nos desgastam sem necessidade nenhuma», defende: «O que tinhamos de fazer fizemos de forma perfeita. Com os jogadores a assumir uma responsabilidade, com uma semana de treino extraordinária, por isso com capacidade de fazer em 90 minutos várias coisas: jogar bem e sofrer quanto tivemos de sofrer.»